Fiocruz participa do lançamento do Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais

Publicado em - Atualizado em
Icict/Fiocruz, com informações do Ministério da Saúde
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Com o objetivo de tornar o Sistema Único de Saúde (SUS) mais participativo e próximo dos movimentos sociais, o Ministério da Saúde lançou (12/9) o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde (MapaMovSaúde) e os primeiros conteúdos da plataforma. O Mapa permitirá que movimentos sociais, entidades populares e organizações da sociedade civil se reconheçam, contem suas histórias, compartilhem memórias, afirmem identidades, valorizem seus territórios e vocalizem demandas e necessidades de saúde.

 

Parceria entre o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Fiocruz, por meio do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict), a iniciativa foi lançada durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em julho de 2023, e agora se concretiza na internet. Até o momento, mais de 500 movimentos sociais já estão no cadastro do Mapa.

Lançamento do MapaMovSaúde (foto: Matheus Damascena/MS)
 

O evento foi realizado na sede da Organização Pan-Americana e Saúde (OPAS/OMS), em Brasília. Participaram da mesa de abertura o ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa; o coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde da OPAS, Júlio Pedrosa; o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto; o representante do movimento social Frente Pela Vida, Túlio Franco; e o diretor do Icict, Rodrigo Murtinho, representando o presidente da Fiocruz, Mario Moreira. “A Fiocruz está comprometida com esse projeto e com o fortalecimento do controle social e o avanço no processo de democratização do acesso à saúde”, afirmou Murtinho. “O Mapa se junta a um ecossistema de plataformas que têm o objetivo de democratizar o acesso à informação, promover o controle social e combater a desinformação”.

"O Mapa é um símbolo importante da retomada da participação social no nosso país. É mais um instrumento que chega para ajudar na definição e consolidação das políticas públicas de saúde", celebrou o ministro Márcio Macêdo.

“O Mapa se junta a um ecossistema de plataformas que têm o objetivo de democratizar o acesso à informação, promover o controle social e combater a desinformação”, afirma o diretor do Icict/Fiocruz Rodrigo Murtinho (foto: Matheus Damascena/MS)

 

A ministra da Saúde foi representada no evento pelo secretário-executivo, Swedenberger Barbosa. Ele destacou a importância da participação dos movimentos sociais nos avanços das políticas públicas. “A escuta e a colaboração direta são fundamentais. Não é possível fazer as políticas públicas avançarem e garantir os direitos de cidadania à população sem a colaboração dos movimentos sociais”, ressaltou Barbosa.

Para Túlio Franco, representante do movimento Frente pela Vida e membro do Conselho de Participação Social da Presidência da República, o Mapa fortalecerá as políticas públicas de saúde. "Já há um grande esforço do governo nesse sentido. Em janeiro de 2023, o Conselho de Participação Social foi reativado, assim como o fórum de conselhos. O Conselho Nacional de Saúde, que abriga o controle social do SUS, realizou a Conferência Nacional de Saúde com sete mil participantes. O Mapa será um espaço de registro, memória e encontros, essencial para fortalecer a participação social na saúde", destacou Franco.

Durante o lançamento houve uma apresentação do funcionamento da plataforma, que utiliza o software livre MediaWiki, o mesmo da Wikipédia, permitindo que os movimentos sociais criem seus próprios cadastros. Ali, eles podem compartilhar histórias, demandas de saúde, fotos, vídeos e informações de contato, como sites e perfis em redes sociais. Através de ferramentas de georreferenciamento, será possível identificar as áreas de atuação dessas entidades e organizações.

A assessora especial de participação social e diversidade do Ministério da Saúde, Lucia Souto, reforçou que a ferramenta desempenha um papel fundamental no fortalecimento e amplificação das iniciativas dos movimentos sociais, promovendo redes colaborativas e participativas. Segundo ela, o MapaMovSaúde se firma como estratégia digital de articulação e visibilidade.

“O Mapa tem como objetivo dar visibilidade aos movimentos sociais em saúde espalhados por todo o Brasil, que são protagonistas na construção e na defesa do direito universal à saúde. A proposta é responder, de forma articulada, às questões sobre o território que temos e o que queremos, integrando as políticas públicas essenciais, com participação social e educação popular”, ressaltou Lucia.

Assista à transmissão do evento de lançamento.

 

O que é e como funciona o Mapa

O MapaMovSaúde é uma plataforma online que permite que movimentos sociais registrem e atualizem suas histórias e demandas de saúde, utilizando fotos, vídeos e informações de contato. Os movimentos se identificam no mapa do Brasil por meio de ferramentas de georreferenciamento, destacando suas lutas e iniciativas. Além disso, a ferramenta produzirá notícias e conteúdos audiovisuais baseados na produção dos próprios movimentos, promovendo autonomia e colaboração.