Início do conteúdo

05/07/2022

Parceria entre Brasil e Índia cria teste rápido para tuberculose

Fiocruz Pernambuco


Duas pesquisadoras do Departamento de Imunologia da Fiocruz Pernambuco, Haiana Schindler e Lílian Montenegro, estão em Mumbai (Índia) para atividades científicas envolvendo transferência de tecnologia, previstas no projeto BRICS-Tuberculose, no qual são respectivamente coordenadora e vice-coordenadora. O convite partiu do cientista indiano Vinay Saini, diretor da Fundação TUMAAS & Startup e pesquisador sênior do Laboratório Nanobios, ambos sediados em Mumbai. Saini é também um dos pesquisadores-colaboradores do Departamento de Imunologia. Durante a visita à Índia, as cientistas deverão fazer reuniões para adequação de exames diagnósticos e elaboração de protótipo do teste de urina para detecção de casos de tuberculose.

Essas ações fazem do Estudo de avaliação de testes clínico-laboratoriais diagnósticos rápidos de uso e acessível em regiões com altos índices de tuberculose no Brasil e Índia (Evaluation and clinical validation study of quick diagnostic tests point of care). O projeto foi um dos seis, em todo o Brasil, a serem aprovados e financiados na Chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para Pesquisas em Tuberculose no âmbito do BRICS.

Haiana explica que o teste para o diagnóstico da tuberculose está sendo desenvolvido na Índia para ser validado no Brasil. “É um teste rápido, fácil e só precisa da urina do paciente com suspeita de tuberculose. Funciona da mesma maneira que 'um teste de gravidez', ou seja, em poucos minutos se obtém o resultado a olho nu”, comemora a cientista. Já na visita o protótipo foi testado e comprovada a sua eficiência.

Em contrapartida, cientistas brasileiros da Fiocruz Pernambuco e do Instituto Keizo Asami da UFPE estão desenvolvendo um biossensor pata o diagnóstico da tuberculose que será validado na Índia e no Brasil. Assim os dois testes serão comparados e testados. "O desenvolvimento e a oferta de testes como esse são muito importantes para os países onde a tuberculose é um grande problema de saúde pública", afirma Haiana. As pesquisadoras brasileiras ficarão na Índia até 15 de julho e depois seguirão para a França para outra rodada de trabalho.

Voltar ao topo Voltar