Início do conteúdo

17/09/2007

Pesquisa analisa cobertura vacinal nas capitais brasileiras


As 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal vão compor uma extensa pesquisa sobre a cobertura vacinal nas áreas urbanas, realizada pelo Ministério da Saúde. O inquérito, que tem início neste sábado (15/09), avaliará a obrigatoriedade das vacinas que integram a caderneta de vacinação em crianças nascidas entre 01/01/2005 e 31/12/2005. No Rio de Janeiro serão analisados 1.050 domicílios de todos os extratos sociais (A, B, C, D e E) e a coordenação do estudo é das pesquisadoras da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) da Fiocruz Silvana Granado e Maria do Carmo Leal.


 A investigação olhará quando, onde e se as crianças tomaram as vacinas Sabin, hepatite B, tetravalente, BCG, tríplice viral, além de febre amarela (Foto: Ana Câmara)

A investigação olhará quando, onde e se as crianças tomaram as vacinas Sabin, hepatite B, tetravalente, BCG, tríplice viral, além de febre amarela (Foto: Ana Câmara)


Ao todo, 20 entrevistadores foram capacitados para fazer o trabalho de campo, que será realizado em todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro. Eles serão monitorados por cinco supervisores. Silvana Granado explica que os entrevistadores estarão devidamente identificados com cartas de apresentação e crachás e só analisarão uma caderneta de vacinação em cada residência visitada. “Se uma família visitada tiver mais de um filho, o entrevistador terá que selecionar uma das crianças para a pesquisa”, explica.


Além de perguntas básicas sobre o nível sócio-econômico da família, a investigação olhará quando, onde e se as crianças tomaram as vacinas Sabin, hepatite B, tetravalente, BCG, tríplice viral, além de febre amarela (só aplicada se uma criança viajar para alguma região endêmica). Ainda nas classes A, B e C os pesquisadores vão olhar as vacinas que não são as de rotina, como varicela (catapora), pneumococo e rotavírus, entre outras.


No âmbito nacional o estudo é coordenado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Em alguns estados, como o caso de Alagoas, o trabalho já começou. No Rio de Janeiro a pesquisa durará seis semanas e Silvana acredita que um dos problemas do trabalho será entrar nas residências para analisar a caderneta. “Muitas famílias da classe A não acreditam no trabalho e não deixam os entrevistadores entrarem em suas residências. Já em regiões mais pobres – classes D e E – enfrentaremos o problema da violência, mas tudo isso está previsto no estudo e os pesquisadores contam com a ajuda de dois rastreadores de campo, que atuarão para identificar mais facilmente famílias com crianças aptas para o estudo”, explica.


Mais informações  podem ser obtidas pelo telefone (21) 2270-6772 e também pelo e-mail vacina@ensp.fiocruz.br.

Voltar ao topo Voltar