Início do conteúdo

26/05/2015

Preservação é tema da nova edição da Revista de Manguinhos


A Biblioteca de Obras Raras da Fundação foi palco da assinatura de um contrato que representa um grande passo para a preservação e difusão dos acervos culturais e científicos da instituição, com o lançamento do projeto Preservo: Complexo de Acervos da Fiocruz. A iniciativa, uma parceria com o BNDES, permitirá construir infraestrutura moderna e obter tecnologias mais avançadas para a guarda e o acesso público ao extenso patrimônio da instituição. O lançamento marcou a liberação de R$ 2,7 milhões (54% do total) pelo BNDES. Outros 46% serão divididos em duas parcelas, liberadas durante a execução do projeto, cujo prazo estimado é de até 40 meses para sua conclusão. O projeto é resultado de parceria entre três unidades da Fiocruz: a Casa de Oswaldo Cruz (COC), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e o Instituto de Comunicação e Informação Tecnológica em Saúde (Icict). Os recursos serão geridos pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec). O evento, ocorrido em dezembro, contou com a participação dos presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Fundação, Paulo Gadelha. O Preservo se torna uma realidade no momento em que a Fiocruz, fundada em 25 de maio de 1900, completa 115 anos.

O patrimônio da Fundação contemplado pelo projeto inclui os acervos arquivístico (documentos textuais, iconográficos, cartográficos, micrográficos, sonoros, filmográficos e tridimensionais); arquitetônico (o núcleo histórico de Manguinhos, que inclui o Castelo da Fiocruz); bibliográfico (livros, periódicos científicos, folhetos, dissertações e teses); biológico (coleções biológicas); e museológico (equipamentos de laboratório, instrumentos médicos, mobiliário, indumentária e uma pinacoteca). Bens culturais, reconhecidos por agências públicas e pela sociedade, os acervos entrarão a partir de agora em nova fase – com marca na integração – assegurando o legado de Oswaldo Cruz às futuras gerações.

“A questão da memória e da preservação dos acervos é constitutiva do projeto de desenvolvimento institucional da Fiocruz e o BNDES está nos dando grande ajuda nesse sentido”, declarou Gadelha na cerimônia. Os recursos concedidos serão utilizados para a construção de infraestrutura e a aquisição de tecnologias que garantam a guarda e o acesso público ao patrimônio da instituição. Coutinho também destacou a importância do projeto para a preservação dos acervos da Fiocruz e para a construção de novos saberes. ”Preservar a memória é uma das missões mais nobres para o avanço do conhecimento. A ciência não avança sem aprendizado, e aprendizado não se faz sem memória”, afirmou o presidente do BNDES. “A conexão entre essas memórias [da Fiocruz] produz uma agenda museológica de alta qualidade. Essa instituição tem a capacidade de compartilhar isso com a sociedade”, complementou.

Coordenador-geral do Preservo, o vice-diretor de Informação e Patrimônio Cultural da COC, Marcos José de Araujo Pinheiro, apresentou detalhes sobre o projeto, que prevê a digitalização de parte do acervo e a criação de catálogos virtuais que serão disponibilizados para a comunidade científica e a sociedade, entre outras iniciativas. Em sua apresentação destaca que o Preservo está integrado às iniciativas e aos planos nacionais que visam preservar o patrimônio científico e cultural brasileiro, reconhecendo sua importância não só por seus valores históricos, artísticos ou relativos à memória, mas também por seu valor como fontes de pesquisa para as ciências . “O Preservo tomou como referência as iniciativas e planos nacionais que visam preservar o patrimônio científico e cultural, preocupados não só com seus valores históricos, artísticos ou identitários, mas principalmente, para as instituições de pesquisa e para a produção do conhecimento, com seu valor cognitivo”, disse Pinheiro.  

Continue a leitura do especial de capa da Revista de Manguinhos aqui

Confira também o volume 31 da revista na íntegra. 

Voltar ao topo Voltar