17/08/2009
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde obteve conquistas importantes para a saúde brasileira em seus 36 anos de existência. Entre elas, a erradicação de doenças como a poliomielite e a varíola. Hoje, o PNI é um dos programas de saúde pública mais bem sucedidos do mundo.
Uma das primeiras vitórias do PNI aconteceu em 1975, quando o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de erradicação da varíola. Em 1980, o Ministério da Saúde iniciou as campanhas de vacinação contra a poliomielite, doença que atingia anualmente cerca de três mil pessoas. O último registro da pólio no Brasil ocorreu em 1989, e em 1994 a OMS concedeu ao Brasil o certificado de erradicação da doença.
Além das campanhas contra gripe e poliomielite, em 2008 o PNI, em parceria com estados e municípios, fez a maior vacinação contra a rubéola já vista no mundo, vacinando quase 70 milhões de pessoas. A mobilização para realizar essas ações chegou a envolver mais de 400 mil pessoas, entre profissionais e voluntários.
A estratégia começou em 1980, quando houve a primeira Campanha Nacional Contra a Poliomielite, conhecida como paralisia infantil. As principais campanhas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde são a de vacinação contra a pólio e contra a gripe em idosos.
Entre os outros bons resultados obtidos pelo PNI estão as coberturas vacinais entre crianças, que chegam a mais de 95% da população menor de um ano para as vacinas contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. As coberturas vacinais entre idosos também revelam o êxito do PNI, ultrapassando os 80%, portanto acima do que é recomendado pela OMS.
Na vacinação de rotina, são oferecidos mais de 40 imunobiológicos, entre vacinas e soros. A rede conta com 25 mil salas de vacinação nos 5.564 municípios brasileiros, além de 39 Centros de Referência Especiais (Cries), distribuídos em todos os estados.
Reconhecimento internacional
De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, o programa brasileiro de imunizações figura entre os melhores do mundo. Alguns dos aspectos que garantem ao Brasil este status são: gratuidade das vacinas, o número e a qualidade de imunobiológicos oferecidos à população, as altas coberturas vacinais alcançadas, mesmo com as dimensões geográfica e demográfica do país, e o impacto do programa sobre as doenças imunopreveníveis.
A experiência brasileira rendeu ao ministério acordos internacionais de cooperação técnica que possibilitaram enviar equipes ao Timor Leste, ao Haiti e à Angola para colaborar nos programas de vacinação destes países. Com o Haiti, o Brasil, junto com o Canadá, firmou parceria para o aprimoramento do Programa Haitiano de Imunizações. Além disso, o governo brasileiro também apóia ações de vacinação nas fronteiras com os países vizinhos, como Paraguai, Bolívia e Argentina.
Mesmo com tantas vitórias, o PNI ainda possui metas importantes a serem alcançadas, como evitar que doenças erradicadas voltem; consolidar a eliminação do sarampo, concluir a implantação e recuperação da Rede de Frio (locais para conservação e distribuição de vacinas), garantir o fortalecimento dos laboratórios nacionais produtores, responsáveis pelo atendimento de 70% da demanda nacional; e investir em pesquisas para melhorar as ações do programa. Os objetivos ainda incluem viabilizar a participação da sociedade no controle e no desenvolvimento do PNI e estimular o processo de educação e promoção da saúde.
Publicado em 17/08/2009.