Início do conteúdo

21/10/2021

Trabalhadores da Fiocruz Rondônia são contemplados em premiação inédita

José Gadelha (Fiocruz Rondônia)


Os pesquisadores em Saúde Pública Leonardo de Azevedo Calderón, Deusilene Souza Vieira Dallacqua, Juliana Pavan Zuliani e Najla Matos foram contemplados pelo Prêmio CT&I-RO Prof. Dr. Luiz Hildebrando Pereira da Silva, que busca reconhecer e dar visibilidade a pesquisadores com trabalhos de grande relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovativo do estado de Rondônia, além de valorizar a prática da divulgação científica. O Prêmio é uma iniciativa da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero) e está em sua primeira edição.

Prêmio é uma iniciativa da Fapero e está em sua primeira edição (foto: Fiocruz Rondônia)

 

Na categoria Pesquisador Inovador, foram contemplados Leonardo Calderón, da Fiocruz Rondônia, e Alexsandro Teixeira, da Embrapa Rondônia, respectivamente. As pesquisadoras Juliana Zuliani, Deusilene Vieira e Najla Matos, da Fiocruz Rondônia, foram agraciadas na categoria Pesquisador Destaque. Na categoria Profissionais da Comunicação, os jornalistas José Gadelha, da Fiocruz Rondônia, e Renata Silva, da Embrapa Rondônia, também foram contemplados. 

A cerimônia de premiação ocorreu na sede da Fapero (13/10) e foi aberta pelo presidente da instituição, Paulo Renato Haddad, que destacou a relevância simbólica do Prêmio “para o reconhecimento de pesquisadores e profissionais da imprensa, por seus trabalhos dedicados ao desenvolvimento regional, por meio da pesquisa científica, e popularização da ciência no estado de Rondônia”. 

O diretor científico da Fapero, Andreimar Martins Soares, parabenizou a todos os agraciados e enfatizou “o esforço da Fapero para incluir o estado de Rondônia em patamares ainda mais desenvolvidos, dando sempre o devido retorno de suas ações à sociedade local, e a iniciativa de realizar este Prêmio é um exemplo disso”.

Para Najla Matos, a premiação representa “toda uma trajetória dedicada à ciência e o reconhecimento ao legado do professor Luiz Hildebrando, que foi o grande mentor de acontecimentos marcantes na história da pesquisa em saúde pública em Rondônia”. Deusilene Vieira dedica o Prêmio “a todos os seus alunos, colaboradores e aos pesquisadores que contribuem diariamente para o árduo desafio de fazer pesquisa na Amazônia, em contextos de tantas desigualdades”. 

O apoio das instituições de fomento à pesquisa no estado foi mencionado por Leonardo Calderón como “fundamental para o reconhecimento de um trabalho coletivo de todos aqueles que fazem a pós-graduação tornar-se realidade a cada dia”. Na cerimônia, Juliana Zuliani também destacou o trabalho em conjunto realizado por colaboradores, acadêmicos da pós-graduação e pesquisadores para o sucesso das pesquisas com resultados evidentes no cotidiano da população”. Recentemente, os pesquisadores Leonardo Calderon e Juliana Zuliani foram reconhecidos entre os pesquisadores mais influentes da América Latina, pelo AD Scientific Index 2021, um sistema avaliativo independente do desempenho acadêmico.

Quem foi Luiz Hildebrando

Luiz Hildebrando Pereira da Silva é considerado um dos grandes nomes da ciência brasileira. Professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Universidade Federal de Rondônia (Unir), dedicou-se ao estudo de doenças tropicais, sobretudo a malária. Após sua aposentadoria do Instituto Pasteur, em Paris, onde ficou por cerca de 30 anos, decidiu fixar residência em Porto Velho. Em Rondônia, Luiz Hildebrando foi responsável por mobilizar grupos de pesquisadores e jovens cientistas, o que acabou contribuindo para a construção do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais no fim da década de 1990 e que abrigou, a partir de 2009, o Escritório Técnico da Fiocruz Rondônia, com sede em Porto Velho, capital do estado. 

As contribuições de Luiz Hildebrando vão além das bases físicas para o desenvolvimento da pesquisa em saúde no extremo Norte do Brasil, permeiam a formação e o estímulo a novas gerações de pesquisadores engajados com as questões da Amazônia. Para Deusilene Vieira, que também é vice-coordenadora de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz Rondônia, a premiação, idealizada pela Fapero, é uma forma reconhecer o legado de Luiz Hildebrando para a pesquisa e para a saúde de todos os brasileiros. 

Voltar ao topo Voltar