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16/05/2007

Um novato no mundo da pesquisa

Catarina Chagas e Fernanda Marques


Jaleco verde, luvas descartáveis, bancada cheia de instrumentos de laboratório. Todas essas coisas começaram a fazer parte da vida de William Távora Chaves, de 17 anos, há apenas alguns meses, mas tudo indica que não sairão mais. Aluno da Escola Estadual Antônio Houaiss, o estudante faz parte da turma de iniciação do Programa de Vocação Científica (Provoc) da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) da Fiocruz e já se declara um apaixonado pela pesquisa.


 William Chaves: um apaixonado por pesquisa que sonha ajudar a criar um novo fármaco (Foto: Ana Limp)

William Chaves: um apaixonado por pesquisa que sonha ajudar a criar um novo fármaco (Foto: Ana Limp)


“Eu sempre quis trabalhar com isso, porque achava interessante a idéia de fazer uma nova descoberta, principalmente na área médica”, conta. “Então me inscrevi para o Provoc e coloquei meus interesses na redação que escrevi durante o processo seletivo. Vim parar aqui no Laboratório de Bioquímica de Proteínas e Peptídeos do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular”. William participa, junto com seu orientador, Floriano Paes Silva Junior, de uma pesquisa em busca de um novo fármaco contra o verme Schistossoma mansoni, causador da esquistossomose.


No laboratório, a rotina do adolescente acompanha os trabalhos desenvolvidos pelos especialistas, mestrandos e doutorandos envolvidos no projeto. William é o caçula entre os participantes da pesquisa e trabalha junto com outros estagiários, realizando pequenas tarefas como a preparação de géis para leitura de proteínas. “No início eu fiquei meio perdido, porque era tudo novo: nomes de equipamentos e substâncias, procedimentos e experiências. Depois fui me acostumando e me interessando cada vez mais”.


Para ele, uma das coisas mais interessantes do mundo da pesquisa é participar da busca de soluções para os problemas de saúde atualmente enfrentados no Brasil. “Daqui a um tempo, vai ser muito gratificante saber que um novo fármaco foi criado e eu ajudei para que isso acontecesse”, vibra o estudante, que pretende prestar vestibular para farmácia ou biotecnologia.

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