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22/09/2015

Vacina contra gripe é destaque da Revista Memórias do IOC

Ascom IOC


A nova edição da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz traz artigo de pesquisadores de São Paulo que, com base no estudo de casos de Influenza B, propõe o uso da vacina quadrivalente na imunização contra a gripe. Um estudo sugere o uso de uma nova metodologia para diagnóstico de hantaviroses, enquanto cientistas de Minas Gerais comprovaram que as fêmeas de Aedes aegypti preferem dispersar os ovos em diversos criadouros. A publicação também traz um artigo em que é identificada, no Brasil, uma variação genética dos pacientes de hepatite C mais relacionada ao desenvolvimento de anemia durante o tratamento. Clique aqui para acessar gratuitamente a revista.

Estudo sugere uso da vacina quadrivalente contra gripe

As gripes causadas pelo vírus da influenza B têm incidências que variam de uma estação para a outra. Duas linhagens podem infectar seres humanos: Victoria e Yamagata. Estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) descreveu a circulação destas linhagens em diferentes grupos de pacientes de um hospital terciário da cidade de São Paulo, entre os anos de 2001 e 2013. A pesquisa analisou quase três mil amostras de pacientes com problemas respiratórios e 114 (3,8%) foram positivas para influenza B. Os dados mostraram que a idade média dos pacientes infectados foi de 21 anos, porém o grupo mais afetado pela doença é o de adolescentes, entre 13 e 18 anos. Os pesquisadores identificaram que 26% das amostras de influenza B eram da linhagem que não estava incluída na preparação da vacina contra gripe adotada no ano em questão. O estudo evidenciou a importância da utilização das chamadas vacinas quadrivalentes contra a gripe, que incluam as duas linhagens da influenza B, e sugere a revisão dos grupos etários a serem incluídos nos programas de vacinação no futuro. Leia o artigo completo.

Novo teste para detecção de hantavírus

Na América do Sul, as hantaviroses são um problema de saúde pública emergente. Transmitidos, principalmente, pela inalação de excrementos e secreções de roedores infectados ou por contato direto com estes materiais, a doença apresenta elevada taxa de letalidade. No Brasil, os diagnósticos laboratoriais de hantaviroses são por testes sorológicos (ELISA) e métodos moleculares (RT-PCR). Já os exames de neutralização, mais específicos, são pouco utilizados para o diagnóstico devido ao grau de biossegurança exigido para sua realização. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) propõem o uso do teste de neutralização de placas. A metodologia pode ser adaptada para todos os hantavírus e, segundo os autores, poderá colaborar para diagnósticos mais precisos das hantaviroses. Confira aqui o artigo completo.

Aedes aegypti prefere colocar ovos em maior número de criadouros

A dengue afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas em todo o mundo, a cada ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por não haver uma vacina ou tratamento antiviral específico, a maneira mais eficaz de prevenção é por meio do controle do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Um estudo desenvolvido em instituições de pesquisa de Minas Gerais investigou o comportamento das fêmeas do mosquito ao colocar os seus ovos. Os pesquisadores realizaram experimentos em condições de de laboratório e de simulação de campo, em que expuseram os insetos a diferentes quantidades de criadouros (2, 4, 6 e 8). A pesquisa mostrou que as fêmeas buscam aumentar as chances de desenvolvimento e sobrevivência de sua prole colocando os ovos, preferencialmente, em criadouros que reduzam a exposição a parasitas, a predadores ou a competição. O número de criadouros escolhidos aumento de acordo com a quantidade de locais disponíveis, mas tendeu à estabilização entre quatro e seis locais de postura de ovos. Os dados, que são discutidos do ponto de vista ecológico, evolutivo e epidemiológico, podem contribuir para o planejamento de estratégias de controle do vetor. Leia o artigo completo.

Variações na sequência de gene e a associação à anemia induzida por Ribavirina em pacientes com hepatite C

A ribavirina, medicamento utilizado no tratamento de pacientes com hepatite C, pode apresentar diferentes efeitos colaterais, incluindo a anemia. Estudos mostram que, em pacientes europeus, norte-americanos e asiáticos, as variações genética do paciente estão associadas a maior ou menor ocorrência de anemia hemolítica. No entanto, há uma escassez de dados relacionados aos pacientes brasileiros. Para ajudar a preencher esta lacuna, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) analisaram 300 indivíduos – 200 portadores de hepatite C e 100 saudáveis. Os dados apontam que variações na sequencia deste gene nos grupos de pacientes brasileiros estudados também podem estar associados ao desenvolvimento de anemia quando fazem o tratamento com a ribavirina. O estudo sugere o uso de exames de genotipagem para identificar pacientes mais propensos ao desenvolvimento de anemia, o que pode ajudar os médicos a tomar decisões sobre o momento de iniciar o uso do medicamento. Clique aqui para ter acesso ao artigo completo.

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