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07/08/2006

Vacinas, soros & imunizações no Brasil

Pablo Pires Ferreira

















Vacinas, soros & imunizações no Brasil


Organizadores: Paulo Marchiori Buss, José Gomes Temporão e José Rocha Carvalheiro

Editora Fiocruz

420p. R$ 55,00


 








Biomanguinhos/Fiocruz


 


 










Biomanguinhos/Fiocruz




Nas duas imagens acima, fases da produção de vacinas, em Biomanguinhos

 


 


 


 


Ao refletirem sobre os rumos da industrialização contemporânea, alguns estudiosos apontam a biotecnologia como a principal a área mais promissora e prioritária para o século 21. No Brasil, as políticas públicas de saúde, ciência e tecnologia, aplicadas durante as últimas décadas, como a implantação do Sistema Único de Saúde, permitiram a criação de condições mínimas para o país participar dessa verdadeira revolução em curso.


A Fiocruz é um dos atores do atual processo. Com atividades que vão desde pesquisa e ensino até produção de vacinas, medicamentos e kits diagnósticos, a Fundação tornou-se referência no atual quadro de ciência e tecnologia do Brasil. Também contribuem para a imagem da Instituição, diversas iniciativas de colaboração com o esforço do Governo Federal em implantar, cada vez mais, políticas de pesquisa tecnológica e de inovação. Dentre tais iniciativas, destaca-se o Projeto Inovação.


O livro Vacinas, soros & imunizações no Brasil, como o próprio nome já indica, trata de um dos componentes do Projeto Inovação: as vacinas (os outros são medicamentos e fármacos, dispositivos diagnósticos e equipamentos médicos). Organizado pelo presidente da Fiocruz, Paulo Buss, por José Gomes Temporão e por José da Rocha Carvalheiro, a obra conta com 55 autores que escreveram 22 textos (além de uma apresentação), subdivididos em seis partes.


A primeira parte, denominada A magnitude do problema das doenças imunopreviníveis no Brasil, trata da situação da prevenção e controle das doenças transmissíveis e da projeção dos indicadores da perda de anos de vida sadia por doença no país.


Complexo produtivo: política e regulação de vacinas e soros no Brasil é o nome da segunda parte que, com cinco textos, disserta sobre os seguintes temas: os desafios para uma política de inovação e desenvolvimento para o complexo industrial da saúde; o papel do Ministério da Saúde na regulação econômica e financiamento do conjunto produtivo da área de saúde; a história, avaliação e perspectivas do Programa Nacional de Imunizações (PNI); os imunobiológicos e a vigilância sanitária; e a participação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz, no controle de qualidade de imunobiológicos.


A terceira parte do livro chama-se Prospecção em vacinas: resultados do projeto inovação. Também contém cinco textos, que abordam as projeções para 2015 no desenvolvimento tecnológico de vacinas; a avaliação tecnológica da produção de imunobiólogicos no Brasil e a definição de nichos de atuação; a análise da potencialidade da pesquisa e desenvolvimento e das estratégias de inovação no desenvolvimento de vacinas no Brasil; também avaliação gerencial dos produtores de vacinas no Brasil e sobre o Programa Nacional de Competitividade em Vacinas (Inovacina).


Na seqüência, a quarta parte, Pesquisa, desenvolvimento e inovação em vacinas no Brasil, comenta o fomento à pesquisa e desenvolvimentos em vacinas e soros no CNPq, na Fiocruz e no Instituto Butantan, e reflete sobre o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), atualmente em implantação, como instrumento da Fiocruz para o avanço tecnológico no Brasil.


Na quinta parte, Complexo produtivo da saúde no Brasil: a experiência das instituições, quatro artigos tratam do desenvolvimento e da produção de imunizantes e soros no Instituto Butantan, no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos) - unidade da Fiocruz -, no Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e no Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI).


Por fim, a última parte do livro, Vacinas e imunizações: a experiência internacional, discorre sobre o financiamento internacional para a pesquisa e desenvolvimento de vacinas e sobre a sustentabilidade de programas de imunização na América Latina e Caribe e sobre o fundo rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para esse propósito.

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