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18/05/2016

1º Simpósio Fio-Câncer articula grupos de pesquisa da Fiocruz

César Guerra Chevrand (Agência Fiocruz de Notícias)


Com o objetivo de mapear e coordenar os esforços da Fundação Oswaldo Cruz na área de oncologia, a Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPLLR/Fiocruz) está promovendo, nesta semana, o 1º Simpósio do Programa de Pesquisa Translacional em Câncer (Fio-Câncer). Realizado no auditório do Museu da Vida, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, o evento de estreia da Rede Fio-Câncer é composto de apresentações científicas, e dinâmicas com os grupos de pesquisa que fazem parte da rede, iniciada formalmente no ano passado.

O vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Rodrigo Stabeli, reforçou a necessidade de organizar melhor os recursos frente à conjuntura político-econômica do país (foto: César Guerra Chevrand)

 

O Fio-Câncer é uma das onze redes de pesquisa translacionais da VPPLR/Fiocruz, que tem como meta promover a articulação de grupos de pesquisa nas áreas biomédica, clínica, desenvolvimento tecnológico e saúde coletiva em torno de um determinado problema de saúde pública. Apesar de não ser um tema tradicional na Fiocruz, o Fio-Câncer recebeu a adesão imediata de 39 grupos de pesquisa interessados em colaborar com a rede.

Na mesa de abertura do simpósio, o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Rodrigo Stabeli, destacou a importância de organizar e integrar as iniciativas da Fiocruz em torno de doenças crônicas não-infecciosas, como o câncer, devido à mudança do perfil epidemiológico da população brasileira. Stabeli também reforçou a necessidade de organizar melhor os recursos frente à conjuntura político-econômica do país.

“Nós passamos por um período em que o planejamento é fundamental e o uso racional dos nossos investimentos é de extrema relevância. Este é o momento de nós nos unirmos para traçar os nossos objetivos, é um momento de união institucional” afirmou o vice-presidente da Fiocruz em relação aos programas translacionais. “Nós precisamos trabalhar de forma racional para que o Fio-Câncer seja visto como operacional. Não adianta ser bonito do ponto de visto estratégico, mas sem sustentabilidade financeira para manter o programa, neste contexto de contenção orçamentária”, complementou Stabeli.

Assessor da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR), Wim Degrave recordou os esforços para o lançamento do Fio-Câncer, em 2015, e referendou a importância da articulação de grupos de pesquisa em torno do câncer dentro da fundação. Segundo ele, é necessário ter uma atenção especial às doenças crônicas no país.

“O Fio-Câncer teve inscrição recorde de grupos de pesquisa na Fiocruz. Nós não queremos duplicar pesquisas de outras instituições tradicionais, como o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que são nossos parceiros. Nós queremos mobilizar e integrar os nossos grupos de pesquisa para complementar as lacunas das diferentes áreas de saber sobre o câncer”, declarou Wim Degrave.

A programação do Simpósio Fio-Câncer nesta terça-feira (17/5) contou com a participação especial do pesquisador do Inca, José Bines, apresentando a palestra “Uma trajetória brasileira clínica-bancada  em câncer de mama”, e de Marcelo Pascoal, pesquisador do Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz Minas) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que falou sobre a “Rede Minas de Câncer: uma parceria”. Nesta quarta-feira (18), o convidado é Luiz Fernando Lima Reis, do Hospital Sírio Libanês, que discutirá “Pesquisa e desenvolvimento em oncologia: transformando conhecimento em benefícios ao paciente”.

Representando a coordenação executiva do programa Fio-Câncer, Martin Bonamino e Adriana Bonamo reafirmaram que o simpósio serve justamente para promover a interação entre os pesquisadores. “Esse evento tem um principal objetivo que é permitir que a gente se conheça”, disse Bonamino. Na estruturação da rede que se inicia, também já são pensados cursos e programas de qualificação para os pesquisadores envolvidos. “Um bom programa de pesquisa deve estar ligado a um bom programa de educação para gerar expertises”, destacou Adriana Bonamo.

Confira a programação do evento.

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