22/02/2018
Portal de Periódicos da Fiocruz
Cópula perigosa: o acasalamento de mosquitos Aedes aegypti, contaminados pelo vírus zika, levou à infecção de seus parceiros ou parceiras que até então não estavam contaminados. Essa foi a conclusão de uma pesquisa conduzida por cientistas da Fiocruz Amazonas, publicada na última edição da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
O estudo, conduzido em laboratório, procurou demonstrar a transmissão venérea do vírus zika em mosquitos Aedes. Segundo os autores, não se pode afirmar ainda que isso ocorra também na natureza. Foram realizados dois experimentos.
No primeiro, mosquitos machos virgens da estirpe AaM3V foram inoculados com vírius zika e, quatro dias após a injeção, foram transferidos para uma gaiola contendo fêmeas virgens da mesma estirpe e deixados para copular por cinco dias.
Já no segundo, mosquitos fêmeas virgens dessa mesma estirpe foram infectados oralmente com uma suspensão de zika e, nove dias após contaminação, foram colocadas em gaiolas para copular com machos virgens. Após a cópula, todos os mosquitos foram avaliados.
A taxa média de infecção nas duas experiências foi de 45% e 35%, respectivamente.
Na AFN
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