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07/02/2014

Câncer de colo de útero: exame simples ajuda a salvar vidas

Carlos Caroni


Entre os destaques do calendário da saúde no início do ano, o Dia Mundial do Câncer (4/2) é uma boa oportunidade para lembrar as mulheres da importância de se proteger dos tumores no colo do útero. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), somente em 2014 devem ser diagnosticados 16 mil novos casos. O número faz desse tipo da enfermidade o terceiro mais frequente na população feminina, perdendo apenas para os de mama e de cólon e reto.

O câncer do colo do útero está associado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido por via sexual. A prevenção consiste na realização periódica do exame conhecido como Papanicolau. O MS recomenda que a mulher se submeta ao teste pela primeira vez aos 25 anos. Caso o resultado for negativo, ela deve voltar a fazê-lo em um ano, e, se mais uma vez nada for detectado, repeti-lo trienalmente.

“É uma técnica simples, que permite iniciar a terapia com grande antecedência. Se a mulher faz o preventivo e recebe tratamento quando a doença pré-maligna é identificada, as chances de cura são muito altas”, enfatiza Maria José de Camargo, ginecologista da Área de Atenção Clinicocirúrgica à Mulher do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

O câncer do colo do útero tem desenvolvimento muito lento - uma ou duas décadas.  Não costuma apresentar manifestações em sua fase inicial, porém, quando aparecem, a mais comum é o sangramento após as relações sexuais.

O exame de Papanicolau

Funciona da seguinte forma: o médico coleta material do colo do útero e, posteriormente, o envia para um laboratório. Na hipótese de a análise indicar células pré-cancerosas, a paciente é encaminhada para acompanhamento. “A terapia é, em geral, à base de pequenas cirurgias”, resume Maria José. Todos os procedimentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Imunização

A partir de 10 de março, a rede pública oferecerá para pré-adolescentes de 11 a 13 anos a vacina contra os tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV. Os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero. Em 2015, as meninas de 9 e 10 anos também serão beneficiadas.

Investimento

O MS publicou no Diário Oficial da União (DOU), em 3 de fevereiro, portaria na qual institui Serviço de Referência para Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo do Útero (SRC) e o Serviço de Referência para o Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM). O objetivo é ofertar em um mesmo local os exames diagnósticos de câncer de colo do útero ou de mama . Para tanto, serão aplicados R$ 3,7 milhões.

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