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14/11/2018

Castelo da Fiocruz é tema de seminário sobre arquitetura

Cristiane Albuquerque (COC/Fiocruz)


Símbolo da Fundação Oswaldo Cruz, o Pavilhão Mourisco – popularmente conhecido como Castelo da Fiocruz – é tema do 3º Seminário Caminhos da Arquitetura em Manguinhos: 100 anos do Pavilhão Mourisco. Promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), o evento vai apresentar o contexto de construção do edifício, que chega ao seu centenário em 2018, além dos desafios contemporâneos e novas perspectivas para sua preservação e gestão. Idealizado pelo próprio Oswaldo Cruz, que desenhou seus primeiros esboços, e projetado pelo arquiteto português Luiz Moraes Júnior, o Castelo foi concebido para demarcar o nascimento da ciência no Brasil Republicano. O evento será realizado nos dias 27 e 28 de novembro, no Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (Av. Brasil 4365, Manguinhos – Rio de Janeiro). Confira o especial sobre os 100 anos do Castelo.

O simpósio integra as atividades da 8ª Semana do Patrimônio Fluminense. Para participar, os interessados devem enviar a ficha de inscrição para o e-mail seminario100anos@fiocruz.br até 25 de novembro. As vagas são limitadas. 

Para o arquiteto e urbanista Renato Gama-Rosa, pesquisador da COC/Fiocruz e membro da comissão organizadora do evento, lembrar a história do Castelo da Fiocruz é celebrar a ciência e a saúde do Brasil. “Construído entre 1905 e 1918, o castelo Mourisco foi idealizado para marcar a gestão de Oswaldo Cruz à frente da Saúde Pública e a própria presença da Saúde Pública nas ações da nova república. Em 2018, o edifício histórico chega ao seu centenário sendo reconhecido como um ícone da ciência e da saúde no país”, ressaltou Renato, atual coordenador do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC/Fiocruz.

A conferência de abertura do simpósio recebe o arquiteto José Manuel Rodríguez Domingo, especialista do Departamento de História da Arte da Universidade de Granada, na Espanha, que abordará as singularidades da arquitetura espanhola e seu legado. A programação conta também com mesas-redondas sobre a variedade e o significado das ornamentações do Castelo da Fiocruz, o histórico de intervenções e as atividades realizadas para conservação e restauração do edifício, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981.

Em março deste ano, o Conselho Deliberativo da Fiocruz designou uma comissão para elaborar um dossiê propondo a candidatura do Castelo a Patrimônio Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Nesse sentido, o evento recebe representantes de instituições que apresentarão as experiências brasileiras recentes de bens nomeados Patrimônio da Humanidade. “Além de comemorar os 100 anos de conclusão das obras do Pavilhão Mourisco, o encontro também visa trazer ao público especificidades do trabalho de preservação, que envolve ações de manutenção, conservação e restauração realizadas pelo Departamento de Patrimônio Histórico da COC”, destacou a arquiteta Ines El-Jaick Andrade, uma das organizadoras do evento.

A programação do seminário conta ainda com a inauguração da exposição Manguinhos Revelado, que acontece no dia 28 de novembro, às 12h, no Pavilhão do Relógio. A mostra tem como objetivo divulgar o acervo documental formado por fotografias do conjunto de negativos de vidro, sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz, que apresentam em múltiplas imagens as origens da Fiocruz e o cotidiano das atividades de produção de soros e vacinas, de pesquisa e de ensino desenvolvidas pela instituição entre 1903 e 1946, e também as mudanças na paisagem urbana do Rio de Janeiro nesse período, com destaque para Manguinhos e suas imediações. Além disso, conta também com registros das expedições realizadas pelos cientistas de Manguinhos em várias regiões do País. A exposição pretende também apresentar fotografias que registram as várias fases de ocupação do Pavilhão do Relógio, edificação construída em 1904 para abrigar atividades relacionadas ao combate da peste bubônica, como a preparação do soro e vacina antipestosos. A importância desse acervo foi reconhecida em 2012 pelo Programa Memória do Mundo da Unesco como patrimônio documental brasileiro. 

Confira a programação completa do evento. 

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