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12/05/2017

Comissão de Saúde da Alerj busca recursos para a Fiocruz

Vanessa Schumacker Pinheiro (Alerj)


A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) se comprometeu a buscar recursos financeiros junto ao Ministério da Saúde para a conclusão das obras do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O empreendimento, localizado em Santa Cruz, zona Oeste do Rio, permitirá quadruplicar a oferta de vacinas. A informação foi passada durante uma reunião do colegiado, com a diretoria da Fiocruz, nesta quinta-feira (11/5), onde os deputados conheceram o Complexo Tecnológico de Vacinas da fundação. Segundo o presidente da comissão, deputado Fábio Silva (PMDB), o objetivo da visita foi verificar o andamento da produção de vacinas contra a febre amarela.

Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) se comprometeu a buscar recursos financeiros junto ao Ministério da Saúde (foto: Rafael Wallace / Alerj)
 

 

Maior produtora de vacinas contra a doença no mundo, a Fiocruz opera com sua capacidade máxima e já entregou até abril deste ano cerca de 35 milhões de doses ao Ministério da Saúde. Segundo o vice-diretor de produção do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), Antônio Barbosa, a unidade conseguiu atender à demanda de febre amarela no país, no entanto em detrimento de outras vacinas. Por isso, ele ressaltou a importância da conclusão das obras do complexo em Santa Cruz para ampliar a capacidade de produção.

Nova unidade

"A ação mais necessária nesse momento é continuar construindo a nossa unidade em Santa Cruz, que é uma nova área de processamento final. Precisamos de ajuda porque a verba que consta no Plano Plurianual (PPA) é insuficiente para finalizara as obras", disse Antônio. Segundo ele é preciso apoio efetivo ao laboratório público, já que o privado não tem o menor interesse em produzir vacinas de baixo custo. "A vacina de febre amarela custa R$ 3 e não desperta o interesse de empresas privadas, por isso, a importância dos laboratório públicos para o país é enorme e precisam ser apoiados", ressaltou. 

O vice-diretor descartou a possibilidade de aumento do números de casos da doença novamente este ano, mas salientou que é preciso investimento para a prevenção do país, caso ocorram outras epidemias. "A infestação desse vírus ocorre em determinados ciclos. Começa nos meses de novembro e vai até o início dos meses mais frios. A tendência agora é não ter mais a ameaça dessa doença", frisou.

Apoio da Alerj

Integrante da Comissão de Saúde da Alerj, o deputado Dr. Julianelli (Rede), ressaltou o comprometimento dos parlamentares em ajudar a Fiocruz na busca por investimentos e potenciais parcerias, inclusive junto ao ministro da Saúde. "Nossa preocupação era saber como estava o enfrentamento da Fiocruz, e quanto a isso, saímos daqui orgulhosos com a qualidade técnica da fundação. Queremos agora potencializar as parcerias para que a produção de vacinas cresça", disse o deputado. De acordo com o parlamentar, as universidades do estado podem ser forte aliadas. "Podemos firmar parcerias entre as universidades e a fundação no sentido de ampliar tanto a formação do técnico e do doutor, como em apoiar projetos da Fiocruz", defendeu o parlamentar.

Os deputados Milton Rangel (Dem), Ana Paula Rechuan (PMDB) e Dr. Deodalto (DEM), também participaram da visita.

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