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01/08/2022

Comitiva japonesa visita Fiocruz e estabelece termos para cooperação

Agencia Fiocruz de Noticias (AFN)


Terminou na última quarta-feira (27/7) a visita de uma semana de uma comitiva da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) à Fiocruz. O grupo esteve na Fundação para discutir o desenho detalhado do Projeto de Aprimoramento da Rede de Monitoramento Genômico para Covid-19. Após uma série de reuniões e visitas aos laboratórios e unidades da Fiocruz, foram estabelecidos os termos presentes em uma minuta dos encontros, assinada na quarta-feira. O documento é uma base para o acordo final, que será assinado em alguns meses.

Comitiva da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) visitou a Fiocruz (foto: Fiocruz)

 

No primeiro dia de visitas, o cônsul geral do Japão no Rio de Janeiro, Ken Hashiba, e o vice-cônsul, Hiroki Muya, também estiveram presentes. As discussões apontaram para o interesse especial no fortalecimento da Rede Genômica - um esforço nacional de pesquisa liderado pela Fiocruz que busca decodificar o genoma do Sars-CoV-2 -, na colaboração científica entre as instituições, com a possibilidade de intercâmbio de pesquisadores, entre outras formas de cooperação. A minuta prevê, como meta geral, o estabelecimento de uma rede de cooperação para o monitoramento genômico em tempo real para Covid-19 e outras doenças emergentes, além do fortalecimento e aprimoramento da capacidade para ciência genômica de doenças infecciosas no Brasil.

Ao final das visitas e discussões, o líder da missão japonesa e diretor sênior do Departamento de desenvolvimento humano da Jica, Osuke Komazawa, ressaltou a relevância do trabalho da Fiocruz: “Entendemos o quão importante é o que a Fiocruz faz no Brasil, assim como a sua contribuição para a assistência médica no país. Uma de nossas missões é promover a saúde das pessoas no mundo, então esperamos que esse projeto com a Fiocruz melhore a saúde das pessoas no Brasil. Vamos focar, particularmente, em doenças infecciosas e creio que nosso projeto irá contribuir para a melhoria nos sistemas de prevenção e controle”.

Documento é uma base para o acordo final, que será assinado em alguns meses (foto: Fiocruz)

 

Ao assinar a minuta das discussões, o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Rodrigo Corrêa, disse estar entusiasmado com a colaboração entre a Fundação e a Jica, ressaltando a forte parceria entre as duas instituições: “A Jica se aproximou muito da Fiocruz nos últimos anos, mostrando a relevância do trabalho que viemos fazendo. É muito importante também poder aplicar esse processo de troca de experiências na área da saúde pública”, afirmou ele.

Durante o dia de visitas aos laboratórios da Fiocruz, Corrêa chamou atenção para a necessidade de se ampliar a vigilância em saúde para além da Covid-19: “É um momento importante para estarmos integrados”, pontuou ele.

A delegação japonesa visitou os laboratório de Inflamações, de Virologia Comparada e Ambiental e o de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 (Unadig); o Biobanco Covid-19 e o Laboratório de tecnologia diagnóstica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Neste último e no laboratório de Inflamações, o grupo conheceu os equipamentos adquiridos por meio de parceria com a Jica. Os representantes da agência japonesa também foram às unidades da Fiocruz Amazônia (Instituto Leônidas e Maria Deane), em Manaus, à Fiocruz Ceará, em Eusébio, e à Fiocruz Pernambuco (Instituto Aggeu Magalhães), no Recife.

A delegação japonesa visitou laboratórios em diferentes unidades da Fiocruz (foto: Fiocruz)

 

Também estavam presentes na comitiva japonesa a responsável pelo programa ligado à saúde do Departamento de Desenvolvimento Humano da Jica, Mika Kamijo; o diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) do Japão, Makoto Kuroda; e a pesquisadora do Centro de Genômica de Patógenos do NIID, Akina Ogamino. Entre os representantes da Fiocruz, estiveram presentes nas negociações os pesquisadores Wim Degrave, Marcelo Pelajo, Marilda Siqueira, Fernando Motta, Felipe Naveca e Fabio Miyajima.

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