Covid-19: Fiocruz instala comitê para acompanhar projetos de vacinas

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CCS/Fiocruz
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A Presidência da Fiocruz instalou (17/7) o Comitê de Acompanhamento Técnico-Científico das Iniciativas Associadas a Vacinas para a Covid-19. Em reunião online, a presidente Nísia Trindade Lima falou sobre as expectativas acerca das contribuições do comitê, formalizado por portaria da Presidência. Em seguida, o vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz, Marco Krieger, apresentou o termo de referência das iniciativas da Fiocruz para desenvolvimento de vacinas para Covid-19, como a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford.

Entre as atribuições do comitê estão avaliar documentos técnicos científicos sobre o desenvolvimento tecnológico da vacina, os ensaios clínicos e o processo de incorporação tecnológica; avaliar a aquisição ou absorção de tecnologias de terceiros ou o desenvolvimento de colaborações ou parcerias para o desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao combate ao Covid-19; e elaborar pareceres técnicos científicos, para subsidiar a Presidência da Fiocruz nestes temas.

Em sua apresentação, Krieger destacou o estudo de prospecção feito pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde (MS) junto com a Fiocruz em busca do projeto com maior chance de resultado positivo, o desenvolvimento da vacina de Oxford, estudos clínicos em andamento, e o acordo em negociação com a AstraZeneca, entre outros. 

Em junho, o Conselho Deliberativo da Fiocruz também constituiu uma comissão para acompanhamento da encomenda tecnológica e da transferência de tecnologia da vacina de Oxford para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Os membros desta comissão são o vice-presidente de Produção e Inovação, Marco Krieger; o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Corrêa; o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira; o chefe de gabinete da Presidência da Fiocruz, Valcler Rangel; o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma; a diretora do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), Zélia Profeta; o diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), José Paulo Leite; e a procuradora chefe, Deolinda Vieira Costa.

Presidido pela presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, o comitê é composto por: Marco Aurelio Krieger, Akira Homma, Wilson Savino, Carlos Gadelha e Marilda Siqueira. Os representantes externos são Antonio Carlos Campos de Carvalho (UFRJ), Moises Goldbaum (USP) e Cristiana Toscano (UFG). A secretaria-executiva do Comitê ficará a cargo de Beatriz Fialho, de Bio-Manguinhos.

Membros pela Fiocruz

Marco Aurelio Krieger é vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz, na qual também é pesquisador-titular. Tem graduação em Ciências Biológicas pela UFPR e mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela UFRJ. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Parasitologia Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: Trypanosoma cruzi, expressão gênica, genômica funcional, diferenciação celular e utilização de técnicas de Biologia Molecular para o desenvolvimento de insumos para testes de diagnóstico.

Akira Homma é membro dos Comitês Técnicos do Programa de Imunizações da Opas, pela qual atuou como assessor regional de Vacinas para as Américas, do PNI e do Comitê Executivo do Developing Countries Vaccine Manufacturers Network (DCVMN). Foi membro do Conselho Executivo da Global Alliance for Vaccines and Immunization (Gavi) e é colaborador da OMS. É vice-presidente de Biotecnologia da Abifina e assessor científico sênior do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Foi presidente da Fiocruz.

Wilson Savino é imunologista, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e coordenador de Estratégias de Integração Regional e Nacional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Savino presidiu a Sociedade Brasileira de Imunologia, a Sociedade Brasileira de Biologia Celular e a Sociedade Internacional de Neuroimunomodulação. É doutor honoris causa pela Universidade Sorbonne (Paris) e Membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mundial de Ciências. Compõe o International Scientific Board do Instituto Pasteur de Montevidéu, e é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neuroimunomodulação e da Rede Faperj de Pesquisa em Neuroinflamação.

Carlos Gadelha é doutor em Economia pela UFRJ. É coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento, Complexo Econômico Industrial e Inovação em Saúde da Fiocruz e professor e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Foi vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, secretário de Programas de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde e secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comercio Exterior.

Marilda Siqueira é virologista, atuando principalmente com vírus respiratórios, como sarampo, rubéola, influenza, coronavírus e vírus sincicial respiratório. Pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), atua como Partnership Contribution Independent Technical Expert Mechanism da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é membro de vários Comitês e Grupos de Trabalhos do Ministério da Saúde. Também é membro do Scientific Steering Committee da Rede Gabriel da Fundação Merieux, do Task Force for Influenza Vaccine Roadmap da Universidade de Minesota/Fundação Gates e do Measles Rubella Elimination Regional Monitoring and RE-verification Commission/Opas. Chefia o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC/Fiocruz, que atua como Referência Nacional para influenza junto ao MS e OMS, Referência Nacional para sarampo e rubéola pelo MS e Referência Regional para sarampo e rubéola da OMS, além de Referência Nacional para coronavírus junto ao MS e Referência em coronavírus da OMS para as Américas.

Membros externos

Antonio Carlos Campos de Carvalho é doutor em Ciências Biológicas (Biofísica) pela UFRJ, na qual é professor-titular. É também professor-titular visitante do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York. É membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS). Foi diretor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ. De 2003 a 2013 foi Diretor de Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia e membro do Conselho Diretor da International Union of Physiological Sciences. Foi também diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. É coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Regenerativa e da Rede Nacional de Terapia Celular.

Moisés Goldbaum é doutor em Saúde Coletiva pela USP, na qual é orientador no Programa de Pós‐Graduação em Medicina Preventiva. Foi secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Foi superintendente da Fundação para o Remédio Popular (Furp) e da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Tem experiência em pesquisa na área de Saúde Coletiva e é editor-científico da Revista Brasileira de Epidemiologia.

Cristiana Toscano é doutora em Epidemiologia pela UFRGS e pós-doutora em Avaliação de Tecnologias em Saúde pela UFRGS. É professora-adjunta na UFG e coordenadora de projetos na área de Economia em Saúde em parceria com Ministério da Saúde, Fundo Nacional de Saúde, Fundação Bill & Melinda Gates e OMS. É assessora para estudos de vacina na OMS, tendo atuado como responsável pela implementação e coordenação global de sistemas de vigilância para doenças preveníveis por novas vacinas como rotavírus e doença pneumocócica. É membro do comitê de experts em vacinas da OMS e membro do comitê da Opas sobre doenças evitáveis pela vacina (principal grupo consultivo técnico de vacinas e imunizações na região das Américas).

Secretaria-Executiva

Beatriz Fialho é assessora-executiva da Diretoria de Bio-Manguinhos/Fiocruz. É bacharel em Ciências Econômicas pela UFRJ, mestre em Engenharia de Produção pela UFRJ e doutora em Gestão da Inovação pela UFRJ. Foi pesquisadora visitante na Kennedy School of Government da Universidade de Harvard. Beatriz participa de grupos internacionais de pesquisa na área de acesso a medicamentos e inovação tecnológica.