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21/06/2024

Especialista alerta para prevenção a piolhos em abrigos no RS

Max Gomes (IOC/Fiocruz)


Desde o final de abril, o estado do Rio Grande do Sul (RS) enfrenta os impactos da tragédia causada por severas enchentes que causaram mortes e deixaram milhares de pessoas sem ter onde morar. Dados divulgados pelo Governo Federal apontam que, atualmente, mais de 35 mil pessoas estão em abrigos temporários. A aglomeração nesses ambientes deve ser acompanhada de perto pelas autoridades de saúde, pois possibilita a circulação de vírus respiratórios, gastrointestinais e verminoses. Outra ocorrência bastante comum e que deve estar no radar dos profissionais da saúde e voluntários é a dispersão da pediculose (infestação por piolhos).

Os piolhos sãos insetos minúsculos que há milhares de anos causam infestações em humanos, em todas as partes do mundo (foto: Divulgação)

 

“Piolhos têm grande impacto na saúde pública, especialmente durante e após emergências. Sempre que pessoas precisam ficar em abrigos, surgem pequenos surtos”, alerta Júlio Vianna Barbosa, biólogo e pesquisador do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Antigo conhecido da humanidade, o piolho é um inseto parasito que vive no cabelo. Sem asas e com pernas incapazes de saltar, sua transmissão se dá pelo contato direto ou pelo compartilhamento de itens pessoais, como bonés, escovas de cabelo e travesseiros.

Vídeo produzido pelo IOC/Fiocruz traz várias orientações sobre piolho.

 

O primeiro sintoma da pediculose é a intensa irritação atrás da orelha e na nuca, onde esses insetos costumam ficar concentrados por serem regiões quentes e úmidas. A coceira é proveniente da reação do organismo à picada do piolho para se alimentar de sangue.

“Além de combater a pediculose, é fundamental passar informação correta para combater o estigma. Qualquer pessoa pode pegar piolho, independentemente de gênero, etnia, higiene ou condição financeira”, enfatiza Júlio Barbosa.

Para dúvidas em relação à infestação por piolhos, o Instituto disponibiliza o Serviço de Fale Conosco, um canal de atendimento direto ao cidadão, no qual perguntas podem ser enviadas por meio de formulário eletrônico e serão respondidas por especialistas da área.

Confira entrevista com o especialista do IOC/Fiocruz, que há mais de vinte anos atua na divulgação científica sobre piolhos.

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