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23/08/2023

Expressões de memória na Fiocruz são destaque em Fórum

Cristiane Albuquerque (COC/Fiocruz)


A diversidade das expressões de memória na Fiocruz, realizadas no contexto de consolidação da Política de Memória da instituição, marcou a 5ª edição do Fórum Fiocruz de Memória, realizado nos dias 15 e 16 de agosto, no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Aprovado em 2019, o documento orienta as iniciativas que visam recuperar, registrar, valorizar e difundir a memória da Fiocruz. 

Mesa de abertura contou com a presença do diretor da Casa, Marcos José de Araújo Pinheiro, do coordenador da Coordenação Executiva da Política de Memória Institucional da Fiocruz, Diego Bevilaqua, e de Cristina Araripe, coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz (foto: Gutemberg Brito)

 

A programação do Fórum contou com o lançamento de séries e exposições virtuais, além do pré-lançamento de catálogo digital e das atividades comemorativas do centenário do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Representantes das unidades da Fiocruz puderam participar de minicursos oferecidos a convidados durante o evento.

A mesa de abertura do evento contou com a presença do diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Marcos José de Araújo Pinheiro, do coordenador da Coordenação Executiva da Política de Memória Institucional da Fiocruz, Diego Bevilaqua, e de Cristina Araripe, coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz.

“Os desafios institucionais impostos a partir da aprovação da Política de Memória, em 2019, estão voltados para a capacitação, formação, integração e a estruturação de núcleos de memória nas diversas unidades da Fiocruz”, disse Pinheiro, que anunciou a criação do Memorial Saúde e democracia, em homenagem aos cientistas cassados pela ditadura militar, e o Memorial Covid-19, sobre a crise sanitária global, também estão previstas pela instituição no que diz respeito às ações de preservação da memória. 

Diego Vaz Bevilaqua falou sobre a institucionalização das estruturas de governança da Política de Memória, como o Comitê Consultivo e a Coordenação Executiva, em 2022. “A partir da aprovação da política e da criação dessas instâncias, o Fórum passou a ser pensado como espaço de discussão de experiências entre as diversas unidades e, também, uma instância de fomento à formação e estruturação de núcleos para que a valorização da memória possa acontecer de forma descentralizada em todas as unidades”, comentou Diego Vaz Bevilaqua. 

“Memória, construção do Futuro. Eu, que trabalho com jovens há muito tempo, aprecio essa iniciativa e acho importante refletirmos sobre a ciência do futuro, a relação entre os jovens e a ciência, e todos os aprendizados.  Não existem certezas, estamos sempre em construção”, ressaltou Cristina Araripe. 

Memória institucional na Fiocruz: lançamentos e panorama

Durante a sessão Memória institucional na Fiocruz: lançamentos e panorama, foram apresentados o vídeo Expressões de memória: panorama da produção recente da Fiocruz, produzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), e as iniciativas de valorização da memória institucional, realizadas pelas diversas unidade da Fundação. Confira no Portal Fiocruz

 

“Vamos acompanhar o lançamento de novos produtos relacionados ao tema, além de um panorama de iniciativas de memória produzidas nos dois últimos anos. É interessante observar a riqueza do material, já que existem diferentes formas de expressão em termos de suportes, linguagens, audiovisual, publicações, exposições, material analógico e virtual”, comentou Raquel Aguiar, coordenadora de Comunicação e Jornalismo do IOC/Fiocruz, que mediou a sessão. 

Representante de diversas unidades da Fiocruz apresentaram iniciativas de valorização da memória institucional, incluindo o pré-lançamento do catálogo digital Marcas de Oswaldo Cruz – realização conjunta do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e da COC – e das atividades comemorativas do centenário do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). 

Na ocasião, foram lançadas também as séries Trajetórias de Manguinhos, do Centro de Estudos do IOC, Fiocruz Preservando o Patrimônio das Ciências e da Saúde e a Exposição virtual 66 anos da Fiocruz Bahia.

Diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Rodrigo Murtinho fez o pré-lançamento do Catálogo Digital Marcas de Oswaldo Cruz. O material apresenta e reúne marcas que testemunham que determinado item do acervo integra a Coleção Oswaldo Cruz: “Resultado de uma pesquisa coletiva, foram retratadas marcas aplicadas em acervos arquivísticos, bibliográfico e museológico da instituição: assinaturas, ex-líbris, carimbos, marcas de papelarias, encadernações, e objetos fazem parte do catálogo”.

O lançamento da série Fiocruz preservando o patrimônio das ciências e da saúde, que mostra a prática da conservação dos acervos científicos e culturais e a trajetória da preservação na instituição, foi apresentada pelo diretor da COC/Fiocruz, Marcos José de Araújo Pinheiro. A primeira produção é da categoria Por trás dos tapumes, que apresenta o registro das obras realizadas nos edifícios históricos da Fiocruz. “Entre os anos de 2020 e 2022, o Castelo Mourisco, símbolo da Fiocruz, passou por uma série de intervenções de preservação e modernização conduzidas pela Casa. A série registra e divulga essas iniciativas”, comentou. 

 

O lançamento da série Trajetórias de Manguinhos, do Centro de Estudos do IOC/Fiocruz, também foi destaque durante a sessão. Diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge explicou que a iniciativa traçará as trajetórias de pessoas, edifícios, programas e ideias que integram a biografia do Instituto, criado no início da década do século 20, como Instituto Soroterápico Federal, que anos mais tarde deu origem a Fiocruz. 

Na ocasião, Tania lembrou que o Fórum é uma forma de resgate da memória, das ações colaborativas e da identidade institucional. “O Fórum fortalece a cooperação interna. Cada unidade possui a sua identidade, mas a Fiocruz é mais que todas nós, juntos fazemos uma Fiocruz mais forte”, destacou. 

Em vídeo gravado especialmente para o Fórum, Marilda Gonçalves, diretora da Fiocruz Bahia, fez o lançamento da Exposição virtual 66 anos da Fiocruz Bahia, que celebra toda a trajetória da instituição: “A exposição fotográfica online apresenta importantes fragmentos do percurso histórico de consolidação da unidade. Buscamos investir na reconstrução da história, no acervo dos pesquisadores, para deixar um legado para os que virão”.

Para finalizar a sessão, Tom Meirelles, diretor do IFF/Fiocruz, apresentou as atividades comemorativas previstas para o centenário do IFF, em abril de 2024. “Lançamento de livro, jornada científica, homenagem aos usuários e trabalhadores do IFF e atividades da rede global de bancos de leite fazem parte da programação”, disse. 

Meirelles adiantou ainda que o acervo da pesquisadora Aparecida Garcia, referência mundial em patologia feto- placentária, será reconhecido como Coleção Biológica da Fiocruz. “Com peças que datam até o final da década de 1940, trata-se de um acervo biológico muito relevante que terá o tratamento, a conservação e a publicização que merece”, finalizou.

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