08/05/2017
Conjunto de normas aplicáveis à rotina laboratorial, as Boas Práticas de Laboratório (BPLs) otimizam o planejamento, execução e monitoramento de diferentes tipos de estudos científicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) realizaram, com o apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), uma oficina sobre o tema, entre os dias 1º e 5 de maio, no Rio de Janeiro. O encontro reuniu cerca de 30 especialistas que atuam na área de controle de vetores, incluindo pesquisadores da Fiocruz, do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França, da Universidade Autônoma de Yucatán, no México, do Instituto de Saúde Ambiental de Cingapura e de instituições dos Estados Unidos, Argentina e Suíça.
O treinamento teve como objetivo principal capacitar os especialistas para a elaboração de planos de estudo, relatórios e procedimentos operacionais – elementos fundamentais para avaliações de eficácia de produtos para controle de vetores – em conformidade com as Boas Práticas de Laboratório (BPLs). “As BPLs orientam a organização de um laboratório em suas diversas atividades: planejamento, produção de relatórios e demais procedimentos operacionais padrão. A norma zela pela qualidade e rastreabilidade do processo e torna as ações desenvolvidas reprodutíveis”, explicou José Bento Pereira Lima, chefe do Laboratório de Fisiologia de Vetores do IOC, que promoveu atividades práticas da oficina no Instituto de Biologia do Exército (IBEx), local onde está situado o Laboratório.
Além de apresentar o fundamento das normas de BPL, a capacitação deu destaque aos requisitos necessários ao desenvolvimento e implementação de sistemas de controle da qualidade (CQ) e de garantia da qualidade (GQ) apropriados para pesquisas na área de controle de vetores. A programação enfatizou ainda as características de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), planos de estudo e relatórios finais pertinentes aos testes de eficácia de produtos para controle de vetores e ensaios biológicos de resistência.
Elemento estratégico de uma série de atividades promovidas pela OMS, o treinamento também auxilia na formação de potenciais colaboradores, como são chamadas as instituições designadas para compor uma rede internacional que executa atividades em apoio aos programas da Organização em todos os níveis.