18/01/2019
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)
A Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), o conselho de pesquisa britânico Medical Research Council (MRC) e o Fundo Newton anunciaram, na última segunda-feira (15/1), o resultado de uma chamada de propostas para selecionar e financiar centros para parcerias em doenças infecciosas negligenciadas. Cinco propostas, de cientistas de diferentes instituições, foram selecionadas. Os centros serão um modelo de cooperação que impulsionará parcerias existentes e criará bases para novas colaborações entre cientistas brasileiros e britânicos. Uma das propostas selecionadas tem como pesquisadores responsáveis o coordenador da plataforma bi-institucional de Medicina Translacional da Fiocruz/USP em Ribeirão Preto (SP), Rodrigo Stabeli, e Daniel Altmann, do Imperial College de Londres.
Esse projeto vai reunir pesquisadores também de outras unidades da Fundação e reforçar o Sistema de Inovação Tecnológica da Fiocruz, por meio de uma integração sinérgica e multidisciplinar, já que cientistas da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), além de outros do Imperial College, vão fazer parte da iniciativa. A cooperação representará uma inovadora parceria da Fundação com as principais universidades paulistas em pautas de ciência, tecnologia e inovação que são importantes para o desenvolvimento do país e o entendimento das doenças transmitidas por arbovírus.
“O resultado é um marco para a Fiocruz, pois vamos congregar pesquisadores de ponta na área biomédica visando entender a ocorrência de surtos febris na população, com ênfase em chicungunha”, afirma Stabeli. A duração máxima do projeto, que começará em abril, será de 36 meses.
Segundo o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Aurelio Krieger, “os dois projetos temáticos aprovados recentemente por nossas equipes totalizam um valor superior a R$ 16 milhões, o que fortalece essa importante parceria”. Ele ressalta que a instalação da plataforma de pesquisa translacional, em Ribeirão Preto, está em fase avançada após a entrega da edificação, reformada e mobiliada pela Faculdade de Medicina da USP.
O outro dos dois projetos citados por Krieger tem à frente o pesquisador Ricardo Gazzinelli e foi aprovado em 2018 na Fapesp. O objetivo é o estudo de mecanismos imunológicos de resistência e patogênese da malária.