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06/11/2017

Fiocruz Pernambuco debate memória e preservação de acervos

Fiocruz Pernambuco


A memória institucional e o Projeto de Preservação e Difusão dos Acervos Culturais e Científicos da Fiocruz, o Preservo, foram tema de palestra (1º/11) na Fiocruz Pernambuco, com apresentações do diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Paulo Elian, e do vice-diretor da COC, Marcos Araújo. Suas falas marcaram o início do minicurso Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (Noções básicas), promovido pela Fiocruz Pernambuco em parceria com a COC/Fiocruz e com o curso de Museologia da Universidade Federal de Pernambuco. 

Para Elian, a memória é um componente importante na vida de uma instituição. No caso da Fiocruz, tem um papel no enfrentamento dos desafios da saúde e no projeto de país desejado. “A questão da memória está sempre ligada a desafios do presente. Ela (a memória) recorre ao passado. Alimenta-se de objetos e suportes de memória e de registros documentais, mas está sempre referida aos desafios do presente que a Fiocruz tem hoje. A memória também tem papel de criar identidade, laços de pertencimento e projetos coletivos”, afirmou.

O diretor da Casa de Oswaldo Cruz acredita que a criação da política de memória institucional da Fiocruz é um desafio, sendo necessário considerar sua diversidade e complexidade. A Fundação está presente em dez estados com contextos diferentes e possui unidades com trajetórias históricas distintas, questões que devem ser respeitadas. Ele destacou ainda a necessidade de ser criada uma política de preservação dos acervos da Fiocruz (arquitetônicos, urbanísticos e arqueológicos; arquivísticos; bibliográficos; biológicos e museológicos) assunto que foi tema da apresentação do seu colega Marcos Araújo.

Araújo falou do Preservo, criado com o desafio de preservar e integrar diferentes acervos que estão sob a guarda de distintos grupos, mantendo a autonomia desses responsáveis. Seus objetivos são estabelecer um novo nível de organização e maior integração das ações entre os diferentes agentes da instituição e uma infraestrutura para a preservação dos patrimônios científicos e culturais. Além disso, busca desenvolver metodologias, tecnologias e políticas para a preservação dos acervos e ampliar o acesso ao conhecimento produzido na instituição. “A ideia não é fazer do Preservo uma unidade. A proposta é fazer uma rede, uma estrutura organizacional, um elo formulador, orientador e consultivo entre as unidades”, explicou Marcos Araújo. 

No final de 2014, o projeto obteve o apoio financeiro de R$ 5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse recurso possibilitou a compra de equipamentos de guarda e de digitalização de acervos e de obras raras. 

Foi desse projeto que se originou a Política de Preservação de Acervos Culturais e Científicos que está sendo proposta para a Fundação. Até o final de novembro, ela deverá ser submetida, por 15 dias, a consulta da comunidade institucional, que deverá fazer suas sugestões. Estas passarão por uma relatoria, que fará suas considerações. Só depois o documento segue para o Conselho Deliberativo da Fiocruz para apreciação.

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