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20/03/2017

Fiocruz promove oficina sobre situação da malária no Brasil

Antonio Fuchs*


O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em parceria com a Coordenação Geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelos Aedes (CGPNCMD), do Ministério da Saúde, realizará de 21 a 24 de março a 1ª Oficina sobre Monitoramento Terapêutico de Antimaláricos e Vigilância de Resistência a Antimaláricos no Brasil. O encontro ocorrerá no Palácio Itaboraí, em Petrópolis.

“A oficina reunirá pesquisadores e profissionais envolvidos nos diferentes aspectos da avaliação de eficácia e segurança de tratamentos contra malária, tanto na rotina de vigilância e manejo quanto em estudos controlados. Participarão ainda representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), da Universidade de Mahidol, Universidade de Oxford e da Medicine for Malaria Ventures (MMV), organização localizada em Genebra (Suíça). O objetivo é discutir o estado atual do conhecimento da avaliação terapêutica no Brasil, levantar as lacunas que precisam ser preenchidas e propondo novas abordagens e estratégias”. destacou André Siqueira, pesquisador do INI responsável pela organização da oficina.

Em paralelo, haverá ainda reunião da Rede de Programas de Malária da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), com representantes de Angola, Portugal, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Equatorial, Guiné Bissau, entre outros.

Confira a programação completa.

O Palácio Itaboraí está localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 188, em Valparaíso, Petrópolis (RJ).

Malária no Brasil

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Apresenta cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente. A região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), é considerada área endêmica da doença e concentra a maioria dos casos de malária. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região endêmica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2015 foram notificados cerca de 143 mil casos. Neste ano, o MS lançou o Plano de Eliminação da Malária no Brasil, com ênfase na malária por Plasmodium falciparum. A medida faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) em substituição aos Objetivos do Milênio. A meta é a redução de pelo menos 90% dos casos até 2030 e da eliminação de malária em pelo menos 35 países.

*Com informações do Ministério da Saúde.

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