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23/07/2024

Fiocruz recebe DNDi para discutir doenças negligenciadas e reforçar aliança estratégica

Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias) 


A Fiocruz recebeu nesta terça-feira (23/7) o diretor-executivo da Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), Luis Pizarro, e o diretor-executivo do escritório para América Latina, Sergio Sosa-Estani. A reunião teve como objetivo discutir a revisão estratégica dessa organização internacional sem fins lucrativos de pesquisa médica, que compartilhou seus planos para os próximos anos, e alinhar ações conjuntas.

O  diretor-executivo do escritório para América Latina, Sergio Sosa-Estani, o diretor-executivo da DNDi, Luis Pizarro, o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, e o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger, durante a visita (Foto: Peter Ilicciev)

 

A reunião contou com representantes de várias instâncias da Fundação, como a Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde, a Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas, o Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris), o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp).  E foi seguida por um almoço da equipe da DNDi com o presidente Mario Moreira, que se atualizou sobre os assuntos discutidos.

Em sua terceira visita à Fiocruz em quase dois anos de mandato, Pizarro declarou que “reforçar esse tipo de aliança estratégica pode ser uma resposta às ameaças que a saúde mundial enfrenta”. O diretor-executivo da DNDi global destacou a necessidade de “garantir a melhor ciência para os mais negligenciados”. Pizarro crê que a DNDi “compartilha com a Fiocruz o princípio de que não se pode aceitar uma ciência de segunda categoria para os mais pobres. Nossas organizações se comprometem a oferecer a melhor ciência para todos. E não aceitar que para a África ou para os mais pobres da nossa região uma ciência medíocre seria satisfatória”.

Pizarro lembrou ainda que, ao discutir inovação, pesquisa e desenvolvimento, é necessário pensar em como fazer com que esses medicamentos sejam acessíveis a todos, de maneira equitativa. “Pensar na melhor abordagem, passando pela saúde primária, ações comunitárias, aproveitando o expertise da Fiocruz no tema de saúde pública. O paciente e a comunidade têm que ser o ponto de partida e o ponto final. Parece que às vezes esquecemos a saúde pública e nos concentramos em tecnologia. Tudo começa com a necessidade do paciente, e é nossa responsabilidade criar os espaços para que a pessoa possa expressar sua verdadeira necessidade”.

A equipe da DNDi foi recebida pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger, que destacou a importância do encontro técnico-científico, reunindo tanto pesquisadores quanto a direção de várias unidades da Fundação. Assuntos como contribuições conjuntas para as estratégias nacional e regional em saúde e o contexto do G20, além de doenças como Chagas, leishmaniose, hepatite C e dengue fizeram parte da pauta.

“A Fiocruz tem uma musculatura muito grande, e talvez faltasse um espaço assim, para uma interação melhor entre os nossos vários grupos. Vamos discutir como aprimorar este movimento que foi um conjunto de iniciativas independentes, mas associadas, numa aliança estratégica, que põe sob o mesmo guarda-chuva uma série de atividades importantes. Esse é um momento crucial”, disse Krieger.

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