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22/04/2019

Funasa apoia OTSS Bocaina no intercâmbio de tecnologias sociais

Vanessa Cancian (Comunicação OTSS)


Como uma tecnologia social pode ser incorporada no dia-a-dia de uma comunidade tradicional? O intercâmbio de saberes entre a academia e os povos e comunidades que vivem no território da Bocaina é o eixo norteador da política de atuação do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS). Nesse contexto, desde 2009, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) apoia iniciativas da Fiocruz na região, no campo da saúde territorializada, ou seja, ações que constroem um ambiente saudável por meio de práticas sustentáveis que dialoguem com o modo de vida de caiçaras, indígenas e quilombolas. 

Durante a atividade, os visitantes se encontraram para partilhar agendas estratégicas (foto: OTSS Bocaina)

 

A pauta central das ações desenvolvidas pelo OTSS é a promoção da saúde. Esse tema se amplia para olhar os territórios e suas necessidades em áreas como saneamento ecológico, agroecologia e turismo de base comunitária (TBC), entre outras ações que fazem parte do trabalho que vem sendo executado pelo projeto em parceria com a Funasa. Entre os dias 10, 11 e 12 de abril, a equipe do OTSS recebeu técnicos da área de ambiente e saúde dessa instituição com a finalidade de trocar experiências.

Durante a atividade, os visitantes se encontraram para partilhar agendas estratégicas, avaliar os termos de cooperação e seus resultados nos territórios e realizar uma oficina de trabalho para construção da Capacitação em Territórios Saudáveis e Sustentáveis: Experiências e Tecnologias Aplicadas para Promoção da Saúde. Além disso, parte fundamental da programação foram as visitas a campo. Os técnicos da Funasa puderam conhecer o projeto do Saneamento Ecológico da Praia do Sono e os processos agroecológicos do Quilombo do Campinho. 

"A ideia de vir conhecer de perto essas ações foi fundamental para que pudéssemos sentir que se trata de um trabalho que valoriza as comunidades. Percebemos nesses dias que há uma troca de experiências entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento das comunidades", relata Ociléia Fernandes, diretora do Departamento de Saúde Ambiental da Funasa. Segundo ela, o trabalho desenvolvido pelo OTSS dá voz e vez para que todo processo seja construído ouvindo essas demandas e a realidades de cada comunidade. "O que desejamos que ações desse tipo possam ser pilotas para outras comunidades, pois sabemos que o nosso país tem uma diversidade imensa de contextos e modos de vida", finaliza. 

Gustavo Machado, coordenador do projeto de saneamento ecológico da Praia do Sono e integrante da equipe, explicou que o observatório nasceu por meio da construção do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) com a Fiocruz e a Funasa. "Dentro dessa história, já tivemos três termos de cooperação. Em conjunto, todos eles trouxeram como proposta o saneamento ecológico e outras tecnologias territorializadas. Isto foi fundamental para nós, agora que acabamos grande parte das fases da Praia do Sono, ter discutido os desdobramentos, os desafios e os aprendizados com a Funasa e com as comunidades".

"Do ponto de vista da educação e saúde ambiental, a execução dessa parceria Fiocruz e Funasa nos faz notar o grande engajamento das representações das comunidades e a forma como eles assimilam essas tecnologias associadas ao contato à saúde. Para nós, foi muito prazeroso constatar que essas tecnologias estão em plena atividade e que existe interesse da comunidade em dar continuidade a esse processo", pontua Hamilton Goes, servidor do Ministério da Saúde e Coordenador de Educação em Saúde Ambiental da Funasa. 

Leia mais no site do OTSS.  

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