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08/06/2015

Inovar no dia a dia, reforçar laços com outros atores

Paulo Schueler / Ascom Bio-Manguinhos


Seja a partir das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs), da transferência de tecnologia ou do desenvolvimento autóctone, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) se prepara para dar passos seguros no rumo de seu fortalecimento institucional e de seu papel cada vez mais estratégico para o estado brasileiro. Como não poderia ser diferente, a inovação está presente nessa trajetória. Para trazer as discussões sobre gestão da inovação para o cotidiano, a unidade lançou, em março último, o Ciclo de Inovação, fórum que reúne colaboradores de diversas áreas para definir objetivos específicos da gestão da inovação e debater a estratégia do desenvolvimento tecnológico, considerando novos produtos, transferência de tecnologia, prestação de serviços e elaboração de diretrizes que subsidiarão a revisão da estrutura organizacional da nova empresa pública Bio-Manguinhos.

O projeto possui um grupo de trabalho dedicado, que tem visitado empresas para conhecer experiências inovadoras. As observações e aprendizados sobre os cases são compartilhados nos encontros. Outros encontros, e parcerias que não visam um produto, seja ele vacina, biofármaco ou reagente, têm contado com a participação de Bio-Manguinhos. O instituto está presente nos fóruns nacionais e internacionais do setor, e participa ativamente de iniciativas como a Rede de Produtores de Vacinas dos Países em Desenvolvimento (DCVMN), que desde sua criação, em 2000, tem o lema "Conectando o mundo por uma causa".

Hoje, a rede reúne mais de 39 fabricantes de 40 tipos de vacinas distribuídos por 15 países e é responsável pela produção de 70% das vacinas distribuídas pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef). O grupo reúne os maiores fabricantes de vacina dos países emergentes e tem um papel estratégico. O presidente do Conselho Político e Estratégico de Bio-Manguinhos, Akira Homma, já esteve à frente da DCVMN por quatro anos (2008-2012). "Bio-Manguinhos é parceiro do DCVMN desde sua criação por considerar esta iniciativa importante para compreender melhor os desafios, dilemas e as tecnologias que os países produtores utilizam e estratégias de incorporação de novas tecnologias de produção de imunizantes", declarou Akira.

O reconhecimento internacional do trabalho vem paralelamente com a obtenção do certificado de pré-qualificação da OMS para seus produtos resultando na possibilidade de participação nas licitações internacionais das Agências das Nações Unidas (ONU), o intercâmbio e estreitamento de laços entre diversos laboratórios públicos e privados do mundo. "Agindo assim, conseguimos abrir discussões com entidades internacionais como a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi) e a Fundação Bill & Melinda Gates", ressaltou Homma.

Por fim, outro tipo de parceria é aquela que envolve as sociedades médicas. Dentre elas, destaca-se o relacionamento de Bio-Manguinhos com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). A SBIm é uma sociedade composta por médicos de diferentes especialidades, que trabalham tanto em clínicas privadas quanto na rede pública de saúde. Com seis diretorias regionais e 11 representações estaduais, a sociedade surgiu em 1998 com o objetivo de atuar na área da imunização. Isso compreende atualização científica, reciclagem profissional, elaboração de calendários e manuais, atuação junto aos órgãos públicos, participação nas decisões do PNI, regulamentação da atividade e, fundamentalmente, a valorização permanente das vacinas como ferramenta vital em saúde pública. 

Em 2011, o presidente dessa entidade convidou representantes de Bio-Manguinhos para ministrar um curso pré-congresso, focado em produção de vacinas. Foi quando ocorreu a primeira aproximação formal. Desde então, o instituto vem sendo convidado a participar das jornadas.

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