Ascom Bio-Manguinhos
Vacinas são preparações que, ao serem introduzidas no organismo, desencadeiam uma reação do sistema imunológico (semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por determinado agente patogênico), estimulando a formação de anticorpos e tornando o organismo imune a esse agente e às doenças por ele provocadas.
Prevenir é melhor que remediar. O uso de vacinas tem maior custo-benefício no controle de doenças imunopreveníveis que o de medicamentos para sua cura. Resultado de muitos anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, as vacinas são seguras e consideradas essenciais para a saúde pública. Elas podem ser constituídas de moléculas, micro-organismos mortos ou micro-organismos vivos atenuados.
As vacinas surgiram no século 18, quando Edward Jenner descobriu a vacina antivariólica, a primeira de que se tem registro. O pesquisador fez uma experiência comprovando que, ao inocular uma secreção de alguém com a doença em outra pessoa saudável, esta desenvolvia sintomas muito mais brandos e tornava-se imune à patologia em si, ou seja, ficava protegida. Jenner desenvolveu a vacina a partir de outra doença, a cowpox (tipo de varíola que acometia as vacas), pois percebeu que as pessoas que ordenhavam as vacas adquiriam imunidade à varíola humana. Consequentemente, a palavra vacina, que em latim significa “de vaca”, por analogia, passou a designar todo o inóculo que tem capacidade de produzir anticorpos.
Na Fiocruz, duas grandes linhas regem as atuais atividades de desenvolvimento no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fundação que trabalha diretamente com a pesquisa e a produção de vacinas: a atualização das tecnologias e a introdução de vacinas combinadas. Dentro da perspectiva do desenvolvimento de produtos baseados na tecnologia do DNA, Bio-Manguinhos fez, nos últimos anos, uma opção tecnológica da maior importância para a Fiocruz. O Instituto está investindo em projetos voltados para a produção de proteínas recombinantes em células eucarióticas e procarióticas para o desenvolvimento de vacinas de DNA. O domínio dessas promissoras tecnologias é imprescindível para o Brasil, particularmente dentro do moderno contexto do desenvolvimento de vacinas e reagentes, pois elas serão determinantes para o desenvolvimento e a produção de imunobiológicos neste novo século.
Conheça um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido em Bio-Manguinhos neste especial. Leia também sobre os últimos avanços feitos por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) na pesquisa de vacinas contra a leishmaniose, doença de Chagas e dengue.
Veja também quais são as vacinas bacterianas e virais produzidas por Bio-Manguinhos/Fiocruz.
Foto: Peter Ilicciev.
Pouco se fala do papel fundamental da Fiocruz no Programa Nacional de Imunizações. Conheça o trabalho desenvolvido por Bio-Manguinhos para que novas vitórias sejam alcançadas
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A produção não para. Neste momento, estão sendo realizados estudos com as vacinas tríplice viral e febre amarela, além da vacina meningocócica C
Bio-Manguinhos mantém atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão, comunicação e prevenção de eventos adversos a medicamentos, como erros de prescrição, desvio de qualidade e uso abusivo e intoxicação