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30/09/2020

Kit para diagnóstico da febre amarela obtém registro da Anvisa

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


Uma inovação idealizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) otimiza e padroniza o diagnóstico da febre amarela no país. A tecnologia, que utiliza uma técnica molecular que detecta o material genético do vírus, apresenta elevado nível de especificidade e sensibilidade. O kit produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) obteve recentemente registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já está disponível para utilização na rede nacional de laboratórios que realizam diagnóstico para febre amarela.

Kit está disponível para utilização na rede nacional de laboratórios que realizam diagnóstico para febre amarela (foto: Itamar Crispim/Instituto de Biologia Molecular do Paraná)

 

Referência regional para febre amarela junto ao Ministério da Saúde, o Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz desenvolveu, em parceria com a Universidade de Bonn, da Alemanha, o protocolo inicial que deu origem ao kit comercial. “Diante de um caso suspeito, a confirmação laboratorial é uma ferramenta importante na definição das estratégias de vigilância da circulação do vírus e controle da doença. A substituição de protocolos in house por kit comercial disponível na rede de laboratórios é um grande avanço, porque facilita a rastreabilidade e controle de qualidade da rede”, destacou a virologista Ana Bispo, idealizadora do projeto e chefe do Laboratório.

Segundo Ana, o kit é o primeiro capaz de detectar o vírus em uma amostra clínica e, simultaneamente, caracterizá-lo entre vacinal ou selvagem - aquele em circulação num determinado local, transmitido pela picada de mosquitos. Em termos práticos, a estratégia diferencia com precisão e agilidade se a origem de um caso foi um evento adverso após a vacinação ou uma transmissão comum.

O protocolo foi desenvolvido pelo Laboratório de Flavivírus em 2018, a partir de uma demanda da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) do Ministério da Saúde. No mesmo ano, passou a ser utilizado em testes na rede pública de saúde e, em 2019, foi transformado em um kit. O produto é compatível com os principais equipamentos de biologia molecular disponíveis.

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