Início do conteúdo

22/03/2022

Materiais alertam para Covid-19 nas pessoas com deficiência

Informe Ensp


O projeto Covid 19 - Atenção para todos, contemplado pelo edital Fiocruz - Covid-19: Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a populações vulneráveis, promoveu o desenvolvimento de dois kits de comunicação sobre a Covid-19 e a vacinação. Os materiais e conteúdos foram produzidos a partir dos princípios do desenho universal, incluindo proposta metodológica para a apresentação e mediação junto às pessoas com deficiência intelectual e suas famílias. A iniciativa, que faz parte do Movimento Down, teve início em 2020.

O projeto produziu três guias digitais (Guia de prevenção acessível; Guia de orientação à cuidadores e agentes comunitários; e Guia sobre vacinação e cuidados depois da vacina em linguagem simples e acessível), dois vídeos de apoio aos guias, e curso de formação para agentes comunitários e cuidadores, além de uma série de pequenos vídeos com foco em vida saudável para as redes sociais.

“Sabemos que o acesso à informação de saúde faz toda a diferença na vida das pessoas e suas famílias. No caso das pessoas com deficiência, é fundamental para um estar pleno e saudável em sociedade não somente uma adequada compreensão sobre as condições gerais de saúde como também conhecer as suas necessidades específicas e as suas potências diante da vida. Essa consciência e o seu exercício diário foram ainda mais urgentes diante do enfrentamento a pandemia de Covid-19, considerando os desafios relacionados aos cuidados pessoais e ao necessário isolamento social”, afirmou Bianca Soares Ramos, cofundadora do Movimento Down, bolsista pesquisadora da pesquisa O Conhecimento da Atenção Primária à Saúde sobre a Deficiência: Caminhos de Visibilidade ou de Invisibilidade?, integrante da Rede PMA. 

Integrantes do Movimento afirmam que ser pessoa com deficiência implica em maior vulnerabilidade à Covid-19 por diversas razões, para as quais o ambiente e a vida cotidiana podem potencializar as chances de contaminação. O necessário contato com familiares e cuidadores, a dificuldade em incorporar determinadas medidas de proteção, como o uso de máscaras, se somam a fatores específicos a cada condição, e que apontam para um risco ampliado de agravamento como, por exemplo, as questões de imunidade, respiratórias e cardíacas com maior prevalência na síndrome de Down. 

“Para garantir proteção e prevenção adequadas para esta população é essencial garantir que as informações sejam acessíveis a todas as pessoas, por todos os meios possíveis. Ou seja, é preciso que não existam barreiras à comunicação e que as redes de proteção familiar, social e comunitárias tenham ferramentas de atuação direta junto a esse público”, concluiu. 

Voltar ao topo Voltar