Ele aciona a câmera do celular e registra sua preparação para iniciar consultas médicas em um consultório improvisado em uma pequena igreja na zona rural do Ceará. Ao lado dele, está um cão caramelo. Ele cuida, acolhe e aconselha, mantendo uma atenção especial à saúde mental. Este é o dia a dia do médico Rafael Azevedo no interior do estado. Seus registros no Instagram inspiram outros profissionais de saúde e estão documentados na Plataforma IdeiaSUS da Fiocruz sob o título Atendimento médico zona rural. Conheça a prática na íntegra.
O principal objetivo da prática é oferecer cuidado médico humanizado e acessível em comunidades rurais isoladas e carentes. Assim, a prática visa fortalecer a atenção primária e o sistema de saúde; promover a humanização do atendimento médico, criando vínculos de confiança entre pacientes e a equipe de saúde, mesmo em locais improvisados; valorizar o trabalho em equipe, garantindo um suporte eficaz e colaborativo para o bem-estar do paciente; e valorizar o sistema de saúde por meio das tecnologias digitais, compartilhando as realidades dos atendimentos e educando pela internet.
O objetivo de Azevedo é fazer uma medicina mais humana e acolhedora, contribuindo com o Sistema Único de Saúde (SUS) em áreas com pouca infraestrutura. Seu foco é a escuta ativa e a abordagem integral do paciente, valorizando a equipe de saúde e utilizando redes sociais para compartilhar experiências. A prática evoluiu com ênfase na humanização do atendimento, que foca na escuta ativa, acolhimento e abordagem integral do paciente, considerando seus aspectos físicos, mentais, sociais e espirituais.
Além disso, há uma valorização do trabalho em equipe, reconhecendo o papel de enfermeiros e outros profissionais no cuidado. O uso de redes sociais é uma maneira de compartilhar experiências do dia a dia, mostrando as paisagens rurais e atendimentos nessas comunidades. Os resultados incluem melhoria na confiança da comunidade, devido a uma abordagem mais próxima e acolhedora; impacto emocional positivo, com pacientes relatando se sentir mais cuidados e compreendidos; e educação e conscientização, com conteúdos nas redes sociais que sensibilizam sobre a importância da medicina humanizada e mostram que a falta de recursos não impede a qualidade no atendimento.
Para quem deseja desenvolver uma prática semelhante, algumas orientações importantes incluem: escuta e acolhimento, garantindo um vínculo de confiança com o paciente; envolvimento da equipe multiprofissional, promovendo trabalho integrado; valorização da simplicidade, focando no cuidado integral; uso responsável das redes sociais para educar e aproximar as pessoas; e cuidado pessoal, garantindo que o profissional esteja bem para cuidar dos outros. Segundo o médico, a prática pode ser reproduzida em outros municípios, focando na escuta e acolhimento
