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26/01/2017

Ministério da Saúde reforça estoque estratégico de vacina

Ministério da Saúde


O Ministério da Saúde reforça o estoque estratégico da vacina contra febre amarela com mais 11,5 milhões de doses. De forma imediata, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos) repassará 6 milhões de doses. Além disso, a Fiocruz possui ainda 5,5 milhões de doses que serão entregues de acordo com as solicitações do Ministério. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (25/1), em Brasília (DF), com a presença de representantes do Ministério da Saúde e secretarias de estaduais de saúde de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo.

(Confira o Especial Febre Amarela da Agência Fiocruz de Notícias)

Para cumprir este cronograma, a Fiocruz vai trabalhar na produção de 9 milhões de doses por mês da vacina contra a febre amarela. Caso haja necessidade, a produção poderá ser ampliada. “Estamos em contato e em articulação diária com os estados para dar todo o suporte necessário, tanto na questão da vacinação quanto no auxílio para a investigação de casos suspeitos de febre amarela silvestre. A população brasileira sai ganhando, porque é uma estratégia que o sistema público se une para um único objetivo, que é evitar um maior número de casos”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante.

Para auxiliar na intensificação da imunização, desde o início deste ano o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina de febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença, além de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, 5,4 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (2,9 milhões), Espírito Santo (1,05 milhão), Bahia (400 mil), Rio de Janeiro (350 mil) e São Paulo (700 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados, que totalizaram 650 mil no mês de janeiro.

“A medida de focar a vacinação nas áreas consideradas de risco, tomada pelo Ministério da Saúde em conjunto com os estados, é a melhor maneira para conter a situação do momento, oferecendo eficácia e segurança para a população”, ressaltou o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Eduardo Hage.

Duas doses

A vacinação de rotina é ofertada em 19 estados do país com recomendação para imunização. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar duas doses da vacina ao longo da vida. Também precisam se vacinar, neste momento, pessoas que vão viajar ou vivem nas regiões que estão registrando casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia.

O Espírito Santo, Rio de Janeiro e parte da Bahia não são áreas de recomendação para vacinação contra a febre amarela, por isso a recomendação é de que sejam vacinadas as pessoas que moram próximas à divisa com o leste de Minas Gerais. Não há necessidade de corrida aos postos de saúde, já que há doses suficientes para atender as regiões com recomendação de vacinação.

“O Espírito Santo não é uma área de recomendação para vacina, e o que estamos fazendo é uma estratégia cautelar de bloqueio nos municípios que fazem divisa com Minas Gerais. Não há falta de vacina para essas pessoas que têm recomendação de vacinação. Nós pedimos que a população não residente nessas áreas que não se vacinem sem necessidade”, ponderou o subsecretário de saúde do Espírito Santo, Sílvio Machado.

“Estamos fazendo, no Rio de Janeiro, um cinturão de bloqueio nos 14 municípios mais próximos à região de Minas Gerais, para evitar que a febre amarela chegue ao estado. Queremos deixar claro que não há falta de vacina. Neste momento, contamos com a solidariedade de quem não mora nas áreas de recomendação para que não se vacinem sem necessidade. Assim, não vai faltar aos que precisão no futuro”, afirmou o secretário estadual de saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio de Souza.

“Recebemos um incremento de doses extras do Ministério da Saúde. Vamos intensificar a vacinação em 67 cidades do estado, começando pela região rural e depois seguimos para as áreas urbanas”, acrescentou o secretário estadual de saúde da Bahia, Fábio Vilas Boas.

O Ministério da Saúde enviou, nesta semana, uma equipe da Força Nacional do SUS para auxiliar no atendimento aos pacientes com suspeitas de febre amarela em Minas Gerais. Ao todo, são 10 profissionais que estão no estado - entre médicos, enfermeiros e assistentes – prestando assistência aos casos da doença. Os profissionais somam esforços junto às equipes de vigilância do Ministério da Saúde, que estão no estado desde o início do mês.

“A vacina que chega hoje ao estado de Minas Gerais é distribuída imediatamente aos municípios. O estado também está auxiliando os municípios na programação da vacinação, enfatizando a necessidade de imunizar os moradores da área rural e também na vacinação casa a casa”, explicou a subsecretaria de gestão regional de saúde de Minas Gerais, Márcia Faria.

Para o secretário adjunto estadual de saúde de São Paulo, Eduardo Ribeiro, a situação da incidência da febre amarela no estado está sob controle. “Os três casos que estão notificados até o momento estão circunscritos em uma região de São Paulo bem definida, território esse que, a despeito de apresentar uma cobertura vacinal elevada, está sendo objeto de uma importante intensificação da vacinação. Isso contando com uma forte parceria do Ministério da Saúde que, recentemente, disponibilizou doses extras de vacina para ampliação da cobertura vacinal no território do estado de São Paulo”, destacou.

Casos

Nesta terça-feira (24/1), o Ministério da Saúde registrou 438 casos suspeitos de febre amarela, sendo 89 mortes. Do total, 364 permanecem em investigação, 70 foram confirmados e quatro descartados. Das 89 mortes notificadas, 40 foram confirmadas e 49 permanecem em investigação. Os casos foram registrados em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Distrito Federal. Minas Gerais é o estado com o maior número de registros até o momento.

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