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17/10/2018

Museu Nacional é tema da abertura da SNCT na Fiocruz

Daniela Rangel (Agência Fiocruz de Notícias)


A abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), na Fiocruz, na terça-feira (16/10), foi um manifesto pela memória e em prol do Museu Nacional. A palestra Museu Nacional e seu papel na história das ciências e na saúde no Brasil, proferida por Magali Romero Sá, da Casa Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), tratou da trajetória da instituição científica, a mais antiga desse tipo no Brasil.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou a importância da SNCT, ao lado do reitor da UFRJ, Roberto Leher (à direita), e do vice-presidente de Educação da Fiocruz, Manoel Barral Netto (Foto: COC/Fiocruz)

 

“Falar sobre o Museu Nacional é falar sobre a própria história do Brasil. Precisamos deixar claro que a tragédia na instituição não apagou a memória, a marca histórica de excelência na ciência está preservada”, afirmou Romero Sá. A apresentação destacou, ainda, alguns cientistas que tiveram papéis fundamentais na história do Museu, como Bertha Lutz, Edgard Roquette-Pinto e Emília Snethlage. Na mesa de abertura da Semana, a vice-diretora do Museu, Cristina Serejo, disse estar agradecida pela instituição ser lembrada para ser tema de discussão na SNCT: “É extremamente importante sentir esse apoio da Fiocruz”. Serejo leu uma carta aberta do Diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, aos candidatos à Presidência e integrantes do Congresso, no qual é pedida ajuda para a reconstrução da organização.

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, exaltou a parceria entre a Universidade e a Fiocruz em sua fala durante a abertura da SNCT. “O evento vai demonstrar a dimensão emancipatória da ciência, o desafio que temos hoje é o de repensar a produção de conhecimento para que este chegue até a sociedade”, destacou. O reitor também relembrou a importância do Museu Nacional: “Os museus, de forma geral, permitem que a ciência chegue a um número enorme de pessoas e, em especial, às crianças, que são atraídas pela curiosidade”.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, relembrou o tema da SNCT este ano (Ciência para a redução das desigualdades) e apontou o principal objetivo do evento: “A Semana é uma maneira de termos um espaço púbico para o debate, para estarmos juntos e pensarmos como fazer ciência contemporânea, e uma forma é justamente por meio dos museus e da memória”. Nísia apresentou um vídeo, uma parceria da Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz com o Canal Saúde, sobre a importância da Fundação no desenvolvimento da ciência no país. 

Algumas ações da Semana foram destacadas pelo vice-presidente de Educação da Fiocruz, Manoel Barral Netto, como os colóquios com o Canal Saúde e a programação da Tenda SNCT, que reúne as atividades lúdicas e educativas, além do lançamento do e-book Como e por que as desigualdades sociais fazem mal à saúde. “Todo cientista deve refletir sobre seu papel na inserção social”, disse Barral.

Também participaram da mesa de abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: Richalls Martins, da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG); Paulo Elian, diretor da Casa de Oswaldo Cruz; Carlos Fidelis Ponte, da Asfoc; e Alessandro Batista, do Museu da Vida.

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