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22/05/2023

Fiocruz debate fortalecimento de sistemas de resposta a pandemias

Pamela Lang (Agência Fiocruz de Notícias)


No primeiro dia da 76ª Assembleia Mundial da Saúde (21/5) da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Fiocruz teve uma agenda voltada para o fortalecimento de redes que possam contribuir para a promoção de equidade e construção de capacidade local para lidar com futuras pandemias. “Dois pontos nos interessam especialmente, a questão da produção local, que traz autonomia para os sistemas de saúde dos países, e o esforço para a implementação da rede global de vigilância genômica, que vai permitir nos anteciparmos a surtos, epidemias e mesmo possíveis pandemias. Ao longo dos próximos dias teremos discussões importantes com instituições e países que possam contribuir para nosso trabalho em prol da saúde global e, principalmente, para o nosso [Sistema Único de Saúde] SUS”, explicou o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

Presidente da Fiocruz, Mario Moreira participou de reunião bilateral com o diretor-executivo da Unitaid, Philippe Duneton (foto: Pamela Lang)

 

Em sintonia com o tema da Assembleia, OMS aos 75: salvando vidas, levando saúde para todos, o presidente da Fiocruz teve seu segundo dia em Genebra dedicado a dois eventos: o anual da Unitaid, com o tema Equidade. Acesso. Agora. O poder transformador das parcerias; e o evento Health Emergency Workforce and the Need for the Global Health Emergency Corps, promovido pela Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (Ianphi). Ele também participou da reunião bilateral com o diretor-executivo da Unitaid, Philippe Duneton, conduzida pela ministra da Saúde do Brasil, Nisia Trindade Lima. 

Evento da Unitaid contou com a presenta da ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade Lima, que lembrou as contribuições e parcerias da Fiocruz com a iniciativa (foto: Pamela Lang)

 

O evento da Unitaid contou com a presenta da ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade Lima, que lembrou as contribuições e parcerias da Fiocruz com a iniciativa, a exemplo do Projeto para Implementação da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (ImPrEP), e do Cuida Chagas, uma ação internacional inovadora que trabalha para testar, tratar e cuidar as pessoas afetadas pela doença de Chagas na América Latina, Cuida Chagas. Para a ministra, “trata-se de buscarmos ações estratégicas que envolvam a preparação futuras pandemias, o fortalecimento da produção local de insumos de saúde e a ampliação e equidade de acesso aos sistemas de saúde. Somente com uma cooperação internacional solidária, podemos avançar”.

Já o evento da Ianphi contou com a presença do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom; do diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Michael Ryan; e do ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach. A atividade abordou os desafios de se construir e sustentar uma capacidade local que possa estar preparada para lidar com futuras emergências sanitárias. “Fazer o suficiente não é o suficiente. Temos que trazer para a mesa o que temos de melhor e não apenas confiar na paixão dos profissionais de saúde pelo seu trabalho. Precisamos dar os recursos necessários, a capacitação, o treinamento e a logística para enfrentarem a próxima pandemia”, destacou o diretor-executivo Michael Ryan.

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