A terceira edição da Revista de Manguinhos tem como reportagem principal e especial um dossiê sobre o médico e sanitarista Sergio Arouca, que foi presidente da Fiocruz e um dos formuladores da Reforma Sanitária brasileira. Morto na época em que ocupava o cargo de secretário nacional de Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Arouca é lembrado por amigos, colaboradores e admiradores do homem que, entre muitos outros feitos, deu início a um processo de democratização da Fiocruz logo após o fim da ditadura instalada em 1964. A gestão participativa observada na Fundação, e que faz da instituição única instituição federal – com exceção das universidades – que elege o seu dirigente máximo é um dos legados de Arouca, cujo corpo, em um fato inédito, foi velado nas escadarias do Castelo da Fiocruz. Outro destaque da edição mostra a qualidade e a variedade da pesquisa científica desenvolvida pelo Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz (Fiocruz Bahia). A publicação também veicula texto sobre a avaliação da implementação do PSF nos grandes centros urbanos, solicitada pelo governo federal à Fundação, discute a questão das infecções hospitalares e como podem ser controladas, e recupera a criação do personagem Jeca Tatu, do escritor Monteiro Lobato.
