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10/09/2013

Programa Nacional de Imunizações: quatro décadas de parceria

Isabela Pimentel


Para comemorar os 40 anos de criação do projeto que contribuiu para tornar a vacinação universal e reduzir a morbidade e mortalidade por doenças transmissíveis no Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o Instituto Brasileiro de Ação Responsável, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, promoveram o fórum Construindo um País mais Saudável - 40 Anos do Programa Nacional de Imunizações. No encontro, realizado no Senado Federal, em Brasília, estiveram presentes parlamentares e autoridades do setor da saúde.

Segundo Artur Couto (segundo da esquerda para a direita), Bio-Manguinhos tem importância estratégica para o Estado, pois consolida a produção nacional de vacinas, reativos e biofármacos (Foto: Waldemir Barreto / Assessoria de Comunicação do Instituto Brasileiro de Ação Responsável)

 

As histórias do PNI e do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) estão intimamente relacionadas: em 1976 o instituto foi criado para estruturar a produção de vacinas na Fiocruz e atender às demandas de insumos estratégicos para o país. E nesta parceria, a unidade consolidou seu papel no cenário do Complexo Econômico- Industrial da Saúde (Ceis), sendo responsável pela produção de metade das vacinas do calendário básico.

O diretor de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, representou a Fiocruz no evento e relacionou as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) à introdução de novas vacinas na rede pública. Ele destacou o longo histórico de parcerias que a Fundação firmou com outras entidades, desde a década de 30 (com a Fundação Rockefeller, para produção da vacina febre amarela), chegando até o trabalho conjunto com a GSK, que culminou com a introdução da tetravalente no calendário vacinal. Ele destacou também a necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para o avanço do setor de saúde no país. “Bio-Manguinhos tem importância estratégica para o Estado, pois consolida a produção nacional de vacinas, reativos e biofármacos, diversificando o mix de produtos e diminuindo a dependência de importações”, destacou. Em junho deste ano, Bio assinou 14 novas PDPs.

Dentre os principais benefícios diretos destas parcerias, Couto listou a redução de preços, regulação do mercado, internalização do conhecimento para desenvolver novas tecnologias de alto valor agregado, investimento na qualificação de pessoal com foco na área de qualidade e assuntos regulatórios e incorporação e difusão de conhecimentos regulatórios. O diretor também abordou, em sua participaão,  os projetos com foco em desenvolvimento tecnológico, como o status atual da vacina dengue, projetos Meningo B e C e Interferon Peguilado.

Couto acredita que os investimentos de Bio-Manguinhos terão impactos socioeconômicos positivos para o país, traduzidos em geração de renda e emprego diretos e indiretos ao longo da cadeia produtiva, para os próximos dez anos. Também estiveram presentes no evento o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, que abordou a importância da democratização do acesso à saúde. “Temos um programa descentralizado que é fundamental para que todos possam ter acesso a mesma oferta de vacinas. O PNI é um promotor de equidade”, enfatizou.

A coordenadora do PNI, Carla Magda Domingues, relembrou a história do projeto, fazendo uma breve retrospectiva sobre os avanços do programa, desde sua criação, em 1973, e institucionalização, em 1975. Destacou sua missão de integrar práticas de vacinação, experiências locais em programas de controle, ofertadas a todos os brasileiros.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Brasileiro de Ação Responsável

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