04/12/2015
Como parte da programação dos seus 35 anos, o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Icict/Fiocruz) lançou o seu novo site, em uma versão mais dinâmica e interativa, com informações de interesse para todos os públicos, desde a criança ao pesquisador.
A mudança de layout e a ampliação da plataforma de dados aconteceu devido a necessidade do público que consultava os dados do Sinitox em ter uma informação mais clara e objetiva, com um conteúdo mais amplo para as pesquisas, além das solicitações sobre material informativo disponível que pudesse ser utilizado em escolas e condomínios, por exemplo. “O Sinitox tem um público muito amplo e diversificado, portanto o site não poderia ser diferente. Temos que atender a todo esse público. Além disso, quando se pretende discutir a prevenção de intoxicação, não há restrição de público. Temos que ser o mais abrangente possível”, explica Rosany Bochner, coordenadora do Sistema.
O novo site apresenta o conteúdo de forma mais amigável e acessível, e prevê a consulta aos dados de uma forma mais eficiente. Assim, é possível obter informações sobre os Centros de Informação e Assistência Toxicológica de todo o país, verificar a produção científica sobre intoxicações, acessar a galeria de fotos de animais peçonhentos e plantas tóxicas, informar-se sobre a legislação da área, dentre outros itens.
Os materiais educativos não foram esquecidos e é possível baixar direto do site materiais de divulgação, a revista Brincando e aprendendo – destinada ao pública infantil e que foi publicada, pelo Icict, entre os anos de 1999 e 2009, mas que ainda hoje é atual, que ensina de forma didática a prevenção de acidentes com produtos tóxicos, plantas e animais peçonhentos. Além disso, estão disponíveis fotos da maquete Casa Educativa, que foi criada para mostrar os perigos que há dentro de casa no que se refere as intoxicações domésticas com as crianças. “As crianças menores de 5 anos são as maiores vítimas de casos acidentais e, portanto, passíveis de prevenção”, ressalta a coordenadora do Sinitox.
Em relação aos dados sobre intoxicação, os usuários continuam tendo acesso aos dados nacionais e regionais, além dos agentes tóxicos. Mas, ganharam o Banco de Dados de Óbitos, a grande novidade do site. Lá, é possível pesquisar as mortes por ano, agente tóxico, Centros de informação e Assistência Toxicológica, unidades da federação, regiões, circunstâncias, sexo e faixa etária. Segundo Rosany Bochner, “pela primeira vez esses dados estão sendo disponibilizados de forma a possibilitar ao usuário realizar suas consultas e construir suas próprias tabelas”, explica. Futuramente, será implementado o Banco de Casos, onde o usuário poderá consultar os registros de casos de intoxicação em formato de banco de dados.
Outra informação que agora consta do site do Sinitox é a relação dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciat). Em caso de necessidade ou emergência, qualquer pessoa poderá consultar qual o Ciat mais próximo de sua residência, ou acessar à Rede Nacional de Centros de Informação Toxicológica (Renaciat).
A reformulação do site do Sinitox atende também o aumento de casos de intoxicação em todo o país, como é o caso, por exemplo das ocorrências com medicamentos, que são as mais frequentes, seguidas dos acidentes por animais peçonhentos e produtos de limpeza. Mas, não são os únicos casos. Há uma nova categoria aumentando de incidência, cujas consequências já aparecem nos dados do Sinitox. “Os agrotóxicos de uso agrícola apresentam a maior letalidade, são os responsáveis pela mais parte dos óbitos registrados pelo Sinitox”, alerta Rosany Bochner.
Também no site é possível obter informações sobre o descarte correto de medicamentos, com o link para os locais em todo o país, que fazem a coleta.
Série de reportagens "Agrotóxicos: a história por trás dos números" será lançada dia 7/12
Como parte das comemorações dos 35 anos do Sinitox, não perca a série de reportagens “Agrotóxicos: a história por trás dos números”, que começa a ser veiculada no site do Icict na próxima segunda-feira (7/12).
A série foi desenvolvida a partir do artigo da pesquisadora Rosany Bochner, intitulado Óbito ocupacional por exposição a agrotóxicos utilizado como evento sentinela: quando pouco significa muito.