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29/10/2019

SNCT 2019 continua na Maré e em Manguinhos (RJ)

Assessoria de Comunicação da Cooperação Social da Fiocruz*


A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2019 (SNCT), coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, continua esta semana nos territórios de Manguinhos e da Maré, na zona Norte do Rio de Janeiro, nos dias 30 e 31 de outubro. Articulada pela Fiocruz, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e por organizações de base sociocomunitária dessas favelas, a programação continua com o tema Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável, dessa vez nas escolas da rede pública.

Na chave da popularização da ciência, as ações nos territórios buscam fazer uma ponte entre o mote da SNCT escolhido para o ano com o contexto social e cotidiano dessas localidades. Estão previstas atividades sobre estratégias para o desenvolvimento sustentável, educação ambiental, saúde, alimentação, e memória social. Além dos debates, a programação conta com exposições fotográficas, oficinas e atividades lúdicas com literatura, dança e jogos de tabuleiro no Colégio Estadual Professor Clóvis Monteiro, em Manguinhos, e na Escola Municipal Bartolomeu Campos de Queiroz, na Maré.

Se por um lado, as instituições têm a oportunidade de trazer a ciência para um contato mais direto com a população, estas também se enriquecem no diálogo com o conhecimento produzido pelas organizações do território. Esse é o ponto de vista compartilhado pelo coordenador da Cooperação Social da Fiocruz, Leonídio Madureira, e pelo chefe do Museu da Vida da Casa da Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Alessandro Batista. 

“O que propomos é uma reflexão sobre o papel da ciência em relação as condições de vida nesses territórios. Nos interessa uma ciência apartada das necessidades dos grupos sociais vulnerabilizados ou, ao contrário, uma ciência que contribui para mitigação dos problemas que geram processos de adoecimento da população?”, questionou Leonídio Madureira. 

Segundo Alessandro Batista, a ideia é que a articulação contribua para uma mobilização permanente entre as instituições e os territórios nos quais elas estão inseridas. “Existem soluções de uso de equipamento e técnicas ao longo das histórias desses territórios que, se nós tivéssemos, historicamente, um olhar sobre essa produção, talvez a vida desses lugares e a produção científica do país tivessem um outro posicionamento social”, ponderou. 

A Extensão da UFRJ, por sua vez, “acredita que essa parceria tem potencializado o diálogo constante entre os saberes acadêmicos e os saberes populares”, de acordo com a superintendente de Integração e Articulação da Extensão da Pró-Reitoria de Extensão UFRJ (PR5-UFRJ), Bárbara Tabela.

Nos dias 30 e 31/10, apresentam ações a Associação Ballet Manguinhos, Espaço Casa Viva/RedeCCAP, Instituto Kevyn Johnson/ Projeto Marias, Museu da Maré, Observatório da Bacia Hidrográfica do Canal do Cunha. Pela Fiocruz, participam com atividades a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), o Fórum Itaboraí, a Cooperação Social da Presidência, o Laboratório de Pesquisa em Leishmanioses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), o Museu da Vida (COC), e a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict). Pela UFRJ, participam os Centros de Ciências Matemáticas e da Natureza, e de Ciências da Saúde. 

*Texto da estagiária Nathalia Souza, sob supervisão da jornalista Luiza Gomes

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