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12/07/2016

Vigilância sanitária nos eventos de massa é tema de novo jogo

Informe Ensp


A menos de um mês dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Centro Colaborador em Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (MS), em conjunto com a Educação à Distância da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e em parceria com a Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do Município do Rio de Janeiro, tornam público o jogo educativo Vigilância Sanitária nos Eventos de Massa. O material didático-pedagógico apresenta, de maneira lúdica, os principais riscos à saúde que podem se manifestar durante a realização de eventos de massa. O jogo parte do princípio que a Vigilância Sanitária (Visa) é importante campo da Saúde Coletiva, tendo como finalidade a proteção da saúde, sobretudo em eventos de massa, quando há circulação de grande contingente de pessoas, produtos e prestação de serviços, que podem ocasionar danos à saúde. Vigilância Sanitária nos Eventos de Massa pode ser jogado on-line ou seu download feito aqui.

Produzido sob a coordenação das pesquisadoras da Fiocruz Vera Lúcia Edais Pepe e Lenice G. da Costa Reis, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o jogo, em formato multimídia no tipo de erros e acertos, estimula a identificação de situação-problema sobre a Visa nos ambientes dos eventos de massa, além de dialogar com distintos atores - profissionais da Visa, voluntários e população - a respeito desses riscos, apresentando, ainda, ações possíveis de serem adotadas na intenção de minimizá-los. Para tanto, foram selecionados como temas de interesse da Visa nos grandes eventos: os alimentos, os serviços de saúde, a saúde do viajante, as zoonoses, as doenças de temperatura e infecciosas, as multidões e a água de consumo humano e de espelhos d´água. O material didático-pedagógico apresenta aos diferentes públicos-alvo a literatura e as normas atualizadas acerca de cada tema. As cenas foram ilustradas em quatro diferentes ambientes: uma lanchonete; algumas situações em portos, aeroportos e rodoviárias; um evento esportivo em estádio de futebol; e um show em local aberto. 

O Jogo

“A ideia do jogo surgiu da necessidade evidenciada de que a população de voluntários dos grandes eventos pode não apenas identificar alguns riscos à saúde, mas também ter papel ativo na orientação à população e na comunicação de alguns riscos à vigilância sanitária. A partir daí, a equipe achou que valeria ampliar para a população e profissionais de Vigilância Sanitária, especialmente os que atuam na esfera municipal. Procuramos incluir diferentes naturezas de eventos: os esportivos, como jogos em estádios de futebol, e os eventos que ocorrem em locais abertos, como shows musicais. Além disso, abordamos algumas situações-problema ao chegar e sair de seu local de origem ou de destino, como verificar a necessidade de vacinação específica quando se viaja para onde existe doenças como a febre amarela”, afirmou a pesquisadora Vera Pepe, da Ensp/Fiocruz. 

A linguagem simples e direta está ao alcance da população em geral, o que favorece o uso em escolas e em outros locais públicos para exemplificar riscos que podem ser observados até mesmo no dia a dia, como os relacionados ao consumo de alimentos em bares e lanchonetes. Portanto, Vigilância Sanitária nos Eventos de Massa não se furta de oferecer informações mais detalhadas, caso seja de interesse, pois há uma biblioteca contendo as principais normas federais e alguns textos e documentos sobre o tema.

“A proximidade das Olimpíadas Rio 2016 permite que o jogo seja utilizado para informar os voluntários e mesmo treiná-los, na intenção de identificar a existência de riscos à saúde dos participantes, o que vem a contribuir para a atuação mais tempestiva sobre eles. Mas esse jogo pode ser utilizado em todo o país, pois nele se realizam diferentes modalidades de eventos de massa durante todo o ano. Nossa intenção é que se possa jogar on-line e também fazer download, permitindo sua utilização em diferentes ocasiões, mesmo quando não há possibilidade de acesso à internet”, revelaram as pesquisadoras da Fiocruz. 

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