Agência Fiocruz de Notícias

Cientistas da Academia Chinesa de Ciências e da Fiocruz realizarão o primeiro evento acadêmico conjunto após a criação do Centro de Prevenção e Pesquisa de Doenças Infecciosas Brasil-China (IDRPC, na sigla em inglês). O seminário intitulado Primeiro Encontro Acadêmico IDRPC ocorrerá no dia 30 de julho, na Fiocruz, e é aberto ao público. As doenças negligenciadas, assim como aquelas ligadas a epidemias como zika e dengue, serão os principais tópicos de discussão.

Seis cientistas do Instituto de Microbiologia e um pesquisador associado virão de Pequim para participar de um dia inteiro de troca de conhecimento sobre seus laboratórios. O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, fará a abertura do seminário, no Pavilhão Arthur Neiva, no campus de Manguinhos. O evento começará às 9h e terminará ao meio-dia.

A colaboração entre estes dois países em desenvolvimento inovadores foi concebida pela primeira vez há alguns anos por pesquisadores de ponta dos dois países: George Gao e Carlos Morel. O primeiro Memorando de Entendimento da parceria foi assinado em novembro de 2017, em São Paulo, na presença do então ministro da Saúde brasileiro, Ricardo Barros, e do vice-ministro de saúde da China, Guoqiang Wang.

Em fevereiro, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade de Lima, assinou um segundo Memorando de Entendimento para levar adiante o IDRPC, estabelecendo parcerias com duas empresas privadas inovadoras chinesas, a BGI e a ZTE, assim como com o Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências e o Hospital Popular de Shenzhen.

Além de serem países do Brics, China e Brasil são membros de esforços científicos como o Global Virome Project (GVP) e a Academia Mundial de Ciência (TWAS).