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17/04/2007

Acidentes com aranhas no Rio de Janeiro aumentaram 350% em quatro anos

Alessandro Pereira


Com o título Perfil dos acidentes por animais peçonhentos no Estado do Rio de Janeiro no período de 2001 a 2005, a pesquisa desenvolvida por Rosany Bochner e Rosane Abdala, ambas do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fiocruz, conquistou o segundo lugar entre os trabalhos sobre doenças por artrópodos e animais peçonhentos apresentados no 43º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, promovido em Campos do Jordão (SP). O estudo, organizado em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), o Instituto Vital Brazil e a Secretária de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, teve como base os dados divulgados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.


O estudo revela que as aranhas apresentaram os maiores índices de aumento nos registros, o que representa uma mudança no perfil dos acidentes. Os dados de 2005 mostram que houve uma elevação de 350% em relação ao número de casos ocorridos em 2001. Mesmo assim, as serpentes permanecem na liderança sendo responsáveis por mais da metade dos acidentes. Os escorpiões seguem em segundo lugar, causando um em cada quatro acidentes com animais peçonhentos.


Além de uma melhoria na notificação dos casos, Rosany Bochner acredita que mudanças ambientais, como a urbanização desordenada e o desflorestamento, sejam os possíveis responsáveis pela modificação nas características dos acidentes durante o período analisado.

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