11/10/2007
Aílson Santos
A pesquisadora Alda Lima Falcão do Instituto René Rachou (IRR), unidade da Fiocruz em Minas Gerais, receberá nesta segunda-feira (15/10) o título de pesquisador emérito da Fundação. Alda é coordenadora e curadora da coleção do Centro de Referência Nacional e Internacional para Flebotomíneos. Ela chefiou por duas décadas o Laboratório de Leishmaniose do IRR e, apesar de ter se aposentado compulsoriamente em 1994, mantém ainda boa parte de suas atividades. Atualmente possui 90 trabalhos publicados e uma monografia (American Sandflies). Alda descreveu um gênero, um subgênero e 41 espécies de flebotomíneos. Em sua homenagem foram descritas três espécies de flebotomíneos: Lutzomyia aldafalcaoae, Lutzomyia limafalcaoae e Lutzomyia falcaorum. Ela é integrante do grupo Computer Aided Identificacion of Phlebotomine Sandflies of the American (Cipa) e ministra cursos de capacitação para flebotomíneos em parceria com o Ministério da Saúde.
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Alda descreveu um gênero, um subgênero e 41 espécies de flebotomíneos |
Alda Lima Falcão tem 82 anos, é cearense de Aracati e é a primeira homenageada do Instituto René Rachou a receber o título de pesquisador emérito da Fiocruz. Iniciou suas atividades científicas aos 14 anos, em 1939, no Serviço de Nacional de Malária. Transferiu-se para a Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, trabalhando com identificação de mosquitos da malária. Em 1955, no Departamento Nacional de Endemias Rurais (Dneru), hoje Instituto René Rachou, iniciou seu trabalho com flebótomos. Ela publicou o primeiro trabalho sobre flebótomos, intitulado Estudo sobre os flebótomos do Estado de Minas Gerais – I Phebotomus renei n. sp. (Diptera, Psychodidae), em 1957, em parceria com os professores Amílcar Vianna Martins e João Evangelista da Silva. No ano seguinte, tornou-se especialista em entomologia médica na Faculdade de Higiene e Saúde Pública pela Universidade de São Paulo.
A cerimônia de entrega do título de pesquisador emérito da Fiocruz ocorrerá às 15h30, na sede do Instituto René Rachou, em Belo Horizonte, onde também haverá o descerramento da placa do ambulatório da unidade, que levará o nome de Alda Lima Falcão.