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12/07/2011

Apontada alta prevalência de adolescentes fumantes em BH

Renata Moehlecke


Cientes de que o início do hábito de fumar é cada vez mais precoce, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) avaliaram fatores associados ao tabagismo em 563 adolescentes e adultos jovens, de 15 a 24 anos, moradores de Belo Horizonte. Considerada alta, a prevalência de fumo foi de 11,7%, aumentando com idade, consumo de álcool e contato com familiares e amigos fumantes. Os resultados deste estudo foram publicados na última edição da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz.


 De acordo com o estudo, 51% dos adolescentes e adultos jovens relataram já ter experimentado cigarros, prevalência considerada alta, e a idade mediana de início do hábito foi de 15 anos

De acordo com o estudo, 51% dos adolescentes e adultos jovens relataram já ter experimentado cigarros, prevalência considerada alta, e a idade mediana de início do hábito foi de 15 anos


“O fato de os pais desempenharem papel significativo no que se refere ao hábito de fumar dos seus filhos salienta a importância de direcionar para a família as ações de promoção da saúde”, destacam os pesquisadores. “O entendimento dos fatores associados ao tabagismo para além do nível individual aponta para a necessidade da formulação de intervenções contemporâneas, com ações em nível de atenção primária, tendo como público-alvo comunidade, escola, família e adolescente”.


Os dados também apontaram que a prevalência de inatividade física foi de 34,2% e de consumo de álcool considerado de risco de 7,9%. Além disso, 51% dos adolescentes e adultos jovens relataram já ter experimentado cigarros, prevalência considerada alta, e a idade mediana de início do hábito foi de 15 anos. No que se refere ao fumo na família, 22% têm irmão mais velho fumante, 12% têm apenas a mãe fumante, 15% têm apenas o pai fumante e 9% têm pai e mãe fumantes. Com relação ao fumo entre amigos, 25% têm o melhor amigo fumante, 34% têm a maioria dos amigos fumantes e 14% têm namorado(a) fumante.


“Um ponto importante desta investigação foi a forte associação entre o hábito de fumar da família e o do adolescente”, afirmam os pesquisadores. “Alguns autores afirmam que o hábito de fumar pode ser influenciado por suscetibilidade genética. Por outro lado, há um consenso de que o tabagismo dos pais torna o fumo mais acessível e aceitável para os filhos”.


Publicado em 8/7/2011.

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