Agência Fiocruz de Notícias

Fazer um balanço dos trabalhos desenvolvidos nos debates do Simpósio sobre Saúde Brasil – Portugal 200 anos. Esse foi o objetivo do encontro desta manhã de quarta-feira (9/7), no terceiro e último dia do evento que reuniu representantes dos ministérios da Saúde, dos institutos nacionais de Saúde, das escolas nacionais de Saúde Pública e das academias nacionais de Medicina do Brasil e de Portugal. Os relatórios formulados em cada mesa de debates servirão como base para elaboração de um acordo de cooperação entre ambos os países, que será efetuado em novembro deste ano e que pode, futuramente, se estender às demais nações componentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O evento foi coordenado pelo presidente da Fiocruz, Paulo Buss, e pela alta-comissária da Saúde de Portugal, Maria do Céu Machado, e contou com a presença da ministra da Saúde portuguesa, Ana Maria Jorge. As propostas de cooperação citadas foram diversas, como a interação entre programas de pós-graduação, o intercâmbio de estudantes e pesquisadores, a formulação de mecanismos de interação para a produção de pesquisas sobre insumos e plataformas tecnológicas, fornecimento de bolsas a partir do acesso compartilhado a agências de fomento (visando a capacitação de indivíduos em saúde pública), a elaboração de políticas de acreditação de profissionais internacionalmente, a realização de programas de ensino a distância e a troca de experiências em relação a doenças crônicas, como a obesidade, a vigilância epidemiológica, a regulamentação e vigilância de medicamentos e a modelos de atuação em saúde.

“Até o final deste semestre, com o estabelecimento do acordo de cooperação, serão definidas estratégias e mecanismos gerais para implementação das propostas e planos de financiamentos, com previsão de resultados e cronogramas a serem seguidos”, prometeu Buss. Ele acrescentou que, no final de julho, os relatórios derivados das atividades efetuadas neste evento estarão disponíveis no site do simpósio. Segundo o representante do Ministério da Saúde brasileiro, Eduardo Barbosa, o evento deixou claras as amplas coincidências nos sistemas de ambos os países, os quais caminham para soluções parecidas, com a implementação de ações concretas que permitem os ministérios dialogarem com base no conhecimento. “Abre-se aqui um caminho de cooperação em um eixo histórico permanente”.

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