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12/12/2007

Autoridades debatem formas de cooperação da Fiocruz na África

Renata Moehlecke


O processo de internacionalização da Fiocruz no continente africano esteve em pauta nesta sexta-feira (7/12) no campus da Fundação. A fim de aprimorar a iniciativa do governo brasileiro de auxiliar as nações componentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se encontram na região do planeta mais carente no setor de saúde, autoridades e convidados especiais, nacionais e estrangeiros, fizeram um balanço das ações  de cooperação técnico-científica da Fiocruz na África e da assistência fornecida por outras instituições para a elaboração e execução de projetos de saúde pública.


 O ex-presidente de Portugal Jorge Sampaio discursa, observado pelo presidente da Fiocruz, Paulo Buss (Fotos: Peter Ilicciev)

O ex-presidente de Portugal Jorge Sampaio discursa, observado pelo presidente da Fiocruz, Paulo Buss (Fotos: Peter Ilicciev)


No evento, intitulado Seminário sobre a cooperação internacional da Fiocruz na África, estiveram presentes o presidente Paulo Buss e diretores de diversas unidades da Fiocruz e convidados como o embaixador Roberto Jaguaribe, representante do Ministério de Relações Exteriores, o representante do Ministério da Saúde, Eduardo Botelho Barbosa, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil, Diego Victoria, o embaixador e diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Luiz Henrique da Fonseca, o representante do governo de Moçambique, Agostinho Alberto Timana, o de Guiné-Bissau, José Napoleão dos Reis, e o cônsul Pedro Antônio dos Santos (Cabo Verde).


Compareceram também ao encontro o assessor do ministro Roberto Mangabeira (Assuntos Estratégicos), Carlos Sávio, o assessor da Petrobras Internacional, Ivo Luiz Santos, e o professor e diretor da Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Mario Barreto. Em visita a Fiocruz, o ex-presidente de Portugal, Jorge Sampaio – que se encontra no Brasil como enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) na luta contra a tuberculose –, igualmente, marcou presença na reunião.


 No seminário foram apresentados os projetos de como a Fiocruz pretende atuar na África

No seminário foram apresentados os projetos de como a Fiocruz pretende atuar na África


Alguns dos tópicos destacados no encontro foram a inauguração, em março de 2008, do escritório da Fiocruz na África e a instalação do mestrado em saúde pública, ambos em Moçambique, os estudos de viabilidade de uma fábrica de medicamentos, no mesmo país, realizados atualmente pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fiocruz e as missões aos países africanos, que serão feitas por profissionais do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) e do Instituto Fernandes Figueira (IFF), a fim de verificarem como podem ser desenvolvidos postos de combate à Aids e o treinamento de pessoas para a instauração de bancos de leite, respectivamente.


O presidente da Fiocruz, Paulo Buss, comentou que a principal intenção é deixar nesses locais instituições estruturantes, como escolas técnicas e de saúde pública, serviços de referência e institutos de produção de insumos (imunobiológicos e medicamentos), e não somente fornecer produtos. Além disso, o auxílio também será efetuado a partir da capacitação de nativos em cada um dos países participantes da cooperação. “A nossa grande contribuição para a CPLP é oferecer recursos humanos, ou seja, gente de qualidade e apaixonada pelo que faz”, afirmou.

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