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18/11/2019

Brasil inaugura 3° Banco de Leite Humano na África

Janaína Plessmann (Agência Brasileira de Cooperação)


Foi realizada nesta segunda-feira (18/11) em Luanda, capital de Angola, na Maternidade Lucrécia Paim, a inauguração do terceiro Banco de Leite Humano no continente africano, fruto da cooperação técnica promovida pelo Brasil. O banco é fruto do Projeto piloto de implantação e implementação de Banco de Leite Humano em Angola, pioneiro no país, coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e implementado tecnicamente pelo Ministério da Saúde (MS), por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e viabilizou a implantação da primeira unidade de coleta e processamento de leite humano em Angola. 

A delegação brasileira contou, além do ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, com a presença da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima (foto: ABC)
 
 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chegou em Angola essa manhã especialmente para participar da cerimônia de inauguração, que foi realizada pela Ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta. Em suas palavras, o Ministro Mandetta recordou que todas as crianças do mundo tem direito ao aleitamento materno e que é responsabilidade dos governos criarem as condições para que esse direito possa ser exercido. “O Brasil esteve e continuará a estar à disposição de Angola, nosso país irmão, para, através da cooperação, compartilhar todas as nossas boas práticas de saúde, de modo a contribuir para a criação de uma sociedade mais saudável em Angola”, declarou Mandetta.

A unidade em Luanda será referência para a criação de imanente rede de bancos de leite no país, e funcionará como ferramenta de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Além de equipar o Banco de Leite Humano, o projeto capacitou toda a equipe técnica do hospital que irá trabalhar no Banco de Leite da maternidade Lucrécia Paim, de modo que eles sejam também multiplicadores desse conhecimento no país africano.

A delegação brasileira conta, além do ministro da Saúde do Brasil, com a presença da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; do coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano da Fiocruz, João Aprígio; do diretor-adjunto da ABC, embaixador Demétrio Bueno Carvalho; além de outros integrantes do MS e da ABC.

O evento contou com a presença do coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano da Fiocruz, João Aprígio (foto: ABC)

 

No Brasil, já existem 224 Bancos de Leite Humano e 215 postos de coleta. Por meio da cooperação técnica internacional, a ABC, o MS e a Fiocruz já implantaram mais de 110 Bancos de Leite Humano, em mais de 20 países da América Latina e Central, Peninsula Ibérica e África onde, além de Angola, Moçambique e Cabo Verde já foram contemplados.

Banco de Leite Humano

O Banco de Leite Humano (BLH) é um serviço de atenção à saúde, normalmente localizado dentro dos hospitais públicos para promoção do aleitamento materno e execução das atividades de coleta, processamento e controle de qualidade do leite humano doado, para posterior distribuição sob prescrição do médico ou nutricionista, para os bebês cujas mães não estejam produzindo leite suficiente, de acordo com as necessidades do recém-nascido.

O leite é especialmente importante em casos de bebês prematuros. Os bancos possuem ainda uma estrutura adequada para estocagem do leite materno doado, após processamento; como também realiza trabalhos de investigação, educação, informação e aconselhamento sobre o aleitamento materno.

Entre os principais impactos do aleitamento materno para os recém-nascidos, está a redução da mortalidade neonatal e a proteção contra diversas doenças, como desnutrição, diarreia e outras doenças do trato gastrointestinal.

Rede Global de Bancos de Leite Humano

Como resultado da cooperação técnica internacional brasileira foi constituída a Rede Global de Bancos de Leite Humano, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e coordenada pela Fiocruz. Atualmente, no âmbito da Rede Global, estão também constituídas as Redes de Banco de Leite Humano da CPLP e Mercosul, assim como, na semana passada, a dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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