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03/04/2009

Brasileiro morre menos do coração, mas a redução foi maior nas regiões mais ricas


As mortes por doenças cardiovasculares diminuíram no país. No entanto, são esperados aumentos graduais das taxas nas próximas décadas, o que indica a necessidade de implementação de políticas públicas no sentido da prevenção destas doenças. Tais questões são apontadas em artigo publicado na última edição da Revista Panamericana de Salud Pública por pesquisadores do Rio de Janeiro. Para eles, embora esta diminuição de doenças ligadas ao aparelho cardiovacular seja um fenômeno já documentado em países desenvolvidos, as tendências ainda não estão esclarecidas nos países em desenvolvimento.


 De acordo com o texto, as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares decresceram, no período investigado, de 287,3 para 161,9 por 10 mil habitantes (Foto: Bruno Campos/Prefeitura de Macaé)

De acordo com o texto, as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares decresceram, no período investigado, de 287,3 para 161,9 por 10 mil habitantes (Foto: Bruno Campos/Prefeitura de Macaé)


Cintia Curioni (Instituto de Medicina Social da Uerj), Renato Veras (Universidade da Terceira Idade da Uerj), Charles André (Faculdade de Medicina da UFRJ) e Cynthia Cunha (Fiocruz) explicam que “descreveram as tendências da mortalidade cardiovascular no Brasil ao longo de 24 anos e investigaram as diferenças de acordo com os grupos de doenças, região sociopolítica, gênero e idade”. Para isto, fizeram um levantamento de dados oficiais, entre outros, sobre mortalidade e estimativa populacional entre os anos de 1980 e 2003.


De acordo com o texto, as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares decresceram, no período investigado, de 287,3 para 161,9 por 10 mil habitantes, com decréscimo anual médio de 3,9%. Além disso, houve redução da taxa de mortalidade em todos os grupos de doença, faixas etárias e regiões, sendo que o derrame foi o evento que apresentou o maior declínio: “de 95,2 para 52,6 por 10 mil habitantes (média de 4,0% ao ano), seguido pela doença coronariana, de 80,3 para 49,2 por 10 mil habitantes (3,6% ao ano)”.


Os pesquisadores atribuem as modificações ao aumento dos índices de desenvolvimento social no país, mas alertam que “a diminuição foi especialmente marcada nas regiões mais desenvolvidas”. O artigo na íntegra está disponibilizado, em inglês, aqui.


Fonte: Agência Notisa


Publicado em 1º/4/2009.

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