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29/01/2010

Campus Fiocruz da Mata Atlântica terá três projetos para coleta seletiva solidária


Uma oportunidade de desenvolver um modelo de ocupação sustentável está sendo apresentada no Campus Fiocruz da Mata Atlântica (CFMA), localizado em uma área de fronteira entre uma unidade de conservação – o Parque Estadual da Pedra Branca – e uma área de forte expansão urbana, formal e informal: a região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No sentido de instituir uma ocupação exemplar para a promoção de um território saudável e cumprir as metas estabelecidas no Plano Diretor do CFMA, o Programa de Implantação do Campus Fiocruz da Mata Atlântica (PICFMA) está desenvolvendo três projetos que envolvem o lixo produzido não somente pelas comunidades no interior do território, como também no seu entorno imediato e nas áreas internas, especificamente o Pavilhão Agrícola – sede da Diretoria de Administração do Campus (Dirac) e do PICFMA. Um dos projetos terá uma atividade coletiva – a construção de abrigos para o lixo – em fevereiro.


 O Campus Fiocruz da Mata Atlântica fica em uma área de proteção ambiental em Jacarepaguá

O Campus Fiocruz da Mata Atlântica fica em uma área de proteção ambiental em Jacarepaguá





O Projeto de Coleta Seletiva no Pavilhão Agrícola tem por objetivo separar os resíduos sólidos recicláveis gerados pelo funcionamento da Fiocruz e encaminhá-los para doação à cooperativa de catadores Barracoop, em Jacarepaguá. Dessa forma, o CFMA atenderá ao Decreto 5.940/2006, que determina a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. Por meio de uma parceria entre a organização não governamental Viva Rio, a Dirac e o PICFMA, o projeto foi lançado com palestras para esclarecer dúvidas quanto à utilização dos coletores já instalados. A equipe de Gestão e Educação Ambiental do PICFMA pretende realizar mensalmente palestras e oficinas para informar, esclarecer e apresentar os resultados da coleta seletiva para todos os usuários do Pavilhão Agrícola.


Outro projeto em desenvolvimento trata da construção de abrigos para depositar o lixo das comunidades localizadas no interior do CFMA. Por causa da localização, algumas residências não contam com a coleta feita de porta em porta pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e nem com a varredura feita pelos garis. Isto causa acúmulo de lixo nas vias sem nenhum tratamento, aumentando a quantidade de vetores causadores de várias doenças. A iniciativa também é resultado de parceria entre o Viva Rio, a Dirac e o PICFMA, que em uma ação com os moradores construirão os abrigos em pontos estratégicos de cada comunidade para o acondicionamento adequado do lixo até o momento da coleta. A construção dos abrigos será realizada em sistema de mutirão e o primeiro evento coletivo está programado para 27 de fevereiro, na comunidade Caminho da Cachoeira.


O terceiro projeto é o Coleta Seletiva Solidária na Colônia Juliano Moreira, que foi selecionado pelo edital da Fiocruz de Cooperação Social para Desenvolvimento Territorializado e receberá fomento no valor de R$ 34.306,77. O projeto consiste em estruturar a implantação da coleta seletiva de resíduos sólidos no território da Colônia e será realizado em parceria com a Barracoop, o Instituto Municipal de Assistência à Saúde Mental Juliano Moreira (IMASJM), a empresa de reciclagem de embalagens Recicoleta e a Associação de Moradores da Floresta da Pedra Branca. A Barracoop alocará, duas vezes por semana, um Posto de Troca de Recicláveis em um ponto estratégico entre as comunidades locais. Os materiais recicláveis serão a moeda de troca para a obtenção de alimentos não perecíveis.


Estão previstas atividades de educação ambiental nas comunidades sobre temas relacionados ao lixo, abrangendo informações a respeito do projeto e orientações sobre redução, reutilização e reciclagem. Um grupo de agentes ambientais será treinado e atuará como disseminador do projeto, divulgando, mobilizando e motivando as pessoas a participarem. Cada morador que aderir ao projeto também atuará como divulgador, estimulando cada vez mais pessoas a separar e encaminhar o seu material reciclável para a cooperativa.



Publicado em 29/1/2010.

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