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02/02/2007

Carnaval sem sarampo: vacina deve ser tomada com 15 dias de antecedência


Quem deseja passar o Carnaval sem risco de contrair sarampo tem que agir rápido para se proteger. A vacina tem de ser tomada com pelo menos 15 dias de antecedência para garantir uma imunização efetiva. A dica vale principalmente para quem se dirige a estados como a Bahia, que registrou 47 casos da doença nos últimos meses. A vacina, gratuita, pode ser tomada nos postos de saúde e também nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) existentes nos aeroportos e em alguns portos do país. Até agora, apenas em Salvador foram aplicadas 1.815 doses da vacina no aeroporto e 593 doses no porto da cidade. Quem está voltando do estado deve ficar atento: se a pessoa apresentar febre acompanhada de tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite num intervalo de 30 dias deve procurar o serviço de saúde mais próximo.


 Vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) produzida por Biomanguinhos/Fiocruz

Vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) produzida por Biomanguinhos/Fiocruz


O Brasil registrou, de novembro de 2006 até o fim de janeiro, 47 casos de sarampo, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Os primeiros registros ocorreram no município de João Dourado (BA). Desde 2000 não havia registros de casos da doença originados no Brasil, mas apenas casos importados da doença (trazidos por pessoas que vinham de outros países).


A situação fez com que o Ministério da Saúde intensificasse e ampliasse as ações de investigação e o fornecimento de vacinas, além de ações de comunicação e educação em saúde. “Desde a terça-feira (30/01) estamos veiculando avisos sonoros sobre o surto da doença em portos, aeroportos e postos de fronteira terrestres. Nos aeroportos foram colocados banners e são distribuídos folhetos informativos sobre a doença”, diz o gerente substituto de Orientação e Controle Sanitário de Viajantes da Anvisa, Rodolfo Nunes.


O sarampo é uma doença de natureza viral e altamente contagiosa, e seu diagnóstico nem sempre é fácil. A doença passa por um período de incubação de cerca de dez dias. Depois evolui para um quadro gripal, com febre, tosse e coriza, quando a doença pode ser confundida com uma simples gripe ou resfriado. No Brasil a vacina é oferecida desde 1968 na rede pública.


Quem deve se vacinar?


“A primeira dose da vacina deve ser aplicada aos 12 meses de idade, com reforço na idade pré-escolar (entre 4 e 6 anos), promovendo imunização definitiva. A vacina é indicada para homens de até 39 anos e mulheres com até 49 anos”, explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Luiza de Marilac Meireles. Pessoas que não tem cartão de vacinação e portanto, não podem comprovar que estão imunizados, também devem se vacinar.


Quem tem idade acima desses limites pode procurar o posto de saúde mais próximo para passar por uma avaliação médica, que demonstrará a necessidade ou não de administração da vacina. Dúvidas podem ser tiradas através do Disque Saúde (0800 61 1997).


Fonte: Anvisa

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