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09/07/2009

CD da ópera Carlos Chagas é lançado durante simpósio

Fernanda Marques


A ópera Carlos Chagas tem apresentações previstas para outubro, no Palácio das Artes de Belo Horizonte. Os interessados em ciência e arte, porém, já podem se adiantar: um CD com o áudio do espetáculo foi lançado na noite desta quarta-feira (7/7), durante o Simpósio Internacional Comemorativo do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas, que acontece até sexta-feira (10/8), no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio de Janeiro. O CD é uma edição comemorativa do centenário, um produto no qual ciência e música se unem para prestar uma homenagem a Carlos Chagas.


 Para o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, com leveza, força e dramaticidade, a ópera apresenta o legado científico, social e humanístico dos Chagas, pai e filho (Foto: Peter Ilicciev)

Para o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, com leveza, força e dramaticidade, a ópera apresenta o legado científico, social e humanístico dos Chagas, pai e filho (Foto: Peter Ilicciev)


O CD tem cerca de 45 minutos de duração, divididos em 14 faixas. Em quatro delas, o narrador Paulo César Pereio oferece ao ouvinte, de forma poética, informações históricas sobre a vida e a obra de Carlos Chagas. As demais faixas são um deleite para amantes de música e ópera: com títulos sugestivos como Coro dos escravos libertos e Xaxado do sertão, elas revelam todo o talento de Luiza Francesconi (meio-soprano) e Sebastião Teixeira (barítono). A gravação ao vivo foi feita com orquestra e coro da Sala Palestrina, na sede da embaixada brasileira, em Roma.


O local foi bastante apropriado, ainda mais quando se leva em conta o desfecho da ópera, que termina com Carlos Chagas Filho adulto na Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano, ouvindo do papa o pronunciamento oficial da Santa Sé sobre a absolvição de Galileu, “uma vitória que traz para ele o significado simbólico de reconhecimento universal pela obra do pai”, conforme conta o narrador do CD, que desperta a curiosidade do ouvinte para assistir a ópera.


O espetáculo será ambientado em lugares que marcaram a trajetória de Carlos Chagas, como o sertão mineiro e a Amazônia. A coordenação é de Helena Severo, com direção cênica de Moacyr Góes e música do maestro Silvio Barbato, falecido em junho deste ano, quando viajava no vôo 447 da Air France, do Rio para Paris.


Publicado em 9/7/2009.

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