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28/02/2018

Centro de Estudos da Fiocruz discute o papel dos macacos no ciclo da febre amarela (2/3)

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


O óbito de macacos vítimas da febre amarela é um dos principais indícios de circulação do vírus em determinada área de mata ou floresta. Os macacos não transmitem a doença para os humanos. Os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes são os responsáveis pela transmissão do vírus nas áreas silvestres, enquanto, nas cidades, o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, tem potencial de transmissão. No entanto, desde o início do surto de febre amarela no país, dezenas de primatas foram assassinados, na maioria das vezes, por pedradas, pauladas e envenenamento. Além de ser crime ambiental, essa atitude sobrecarrega os laboratórios de diagnóstico que examinam casos para descartar a possibilidade de infecção por febre amarela.

Para esclarecer o papel dos macacos no ciclo da doença, o Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promove, na próxima sexta-feira (2/3), às 10h, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), a mesa-redonda A febre amarela do ponto de vista dos macacos. A atividade receberá os pesquisadores Ricardo Lourenço, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC; Leandro Jerusalinsky, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e presidente do conselho da Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr); e Sergio Lucena Mendes, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e membro da Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz). 

A mesa-redonda será moderada pelo pesquisador Paulo Sérgio D'Andrea, do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC e presidente da SBMz. A realização desta edição do Centro de Estudos conta com a parceria das Sociedades Brasileiras de Mastozoologia (SBMz) e Primatologia (SBPR).

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