Agência Fiocruz de Notícias

Durante os dias 28 e 29 de maio, enfermeiros e médicos do Centro de Saúde Germano Sinval Faria e da Clínica da Família Victor Valla estiveram reunidos na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) para participar do Seminário de Manejo Clínico da Tuberculose. A palestrante Mônica Kramer deu início ao evento com uma análise feita a partir de um caso clínico, que apresentou diferentes aspectos da enfermidade ligados ao cuidado da doença. A necessidade de relacionar sinais e sintomas, a história epidemiológica, o diagnóstico, o tratamento e os critérios para a investigação dos contatos no domicílio e no trabalho foram alguns dos temas trabalhados.

Foram abordadas ainda as principais medidas de biossegurança, incluindo as relativas à organização do serviço e fluxos no atendimento, as estruturais (relacionadas à ventilação do ambiente) e as de proteção individual com o uso dos equipamentos mais adequados. Os profissionais de saúde também receberam um aparelho digital para participarem interativamente das atividades durante a reunião. Em cada etapa apresentada, os participantes deveriam avaliar a melhor conduta para o caso, utilizando o aplicativo.

De acordo com a médica Celina Boga, do Centro de Saúde, o principal sintoma da tuberculose é a tosse. A pessoa pode tossir muito tempo, sem, contudo pensar na doença. Outros sintomas incluem falta de apetite, emagrecimento, suor noturno acompanhado de febre baixa, mais comum no final da tarde. Pode existir catarro esverdeado, amarelado ou com sangue. Nem sempre todos esses sintomas aparecem juntos. Deve-se valorizar a tosse, principalmente, quando ela dura mais de três semanas.

A tuberculose é uma doença infecto contagiosa, muito antiga, também conhecida como “tísica pulmonar”. Os pulmões são os órgãos mais afetados pela doença, que pode acometer os rins, a pele, os ossos e os gânglios. O contágio ocorre pelo ar, através da tosse, espirro ou fala da pessoa doente, que lança os bacilos no ambiente. Quem convive próximo ao infectado aspira esses bacilos e pode contrair a infecção e também adoecer. Sabe-se que o bacilo pode permanecer no ambiente por um período de até oito horas, sobretudo, quando o domicílio não é ventilado ou arejado.